O atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Flamengo, foi flagrado em um cassino clandestino na madrugada deste domingo, na Vila Olímpia, bairro nobre na zona sul de São Paulo. A Polícia Civil fechou o estabelecimento de luxo, que funcionava de maneira ilegal, já que jogos de azar são proibidos no Brasil, e encaminhou o jogador e todas as outras pessoas que estavam no local à Delegacia de Crime contra a Saúde Pública, no centro de São Paulo.
Segundo a polícia, havia mais de 200 pessoas jogando. No momento da operação, além de Gabriel, o funkeiro MC Gui também foi encontrado dentro do estabelecimento. O jogador estava escondido embaixo de uma mesa. Os dois, e os outros presentes, incluindo o responsável pelo local e os funcionários, assinaram termo circunstanciado, comprometendo-se a prestar esclarecimentos depois, e foram liberados da delegacia. Não houve prisões.
"Foram conduzidos, na verdade qualificados, por conta da pandemia já para prestar esclarecimento aqui na delegacia, e os funcionários e o responsável pelo local também devem responder por crime contra a saúde pública, jogo de azar e contravenção. Os demais serão ouvidos posteriormente porque senão a gente causaria outra aglomeração aqui", explicou em entrevista à GloboNews Eduardo Brotero, delegado de polícia e supervisor do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (GARRA).
Quem também acompanhou a operação foi o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que fez registros em vídeo do local. Veja abaixo
Além de funcionar de maneira ilegal, o cassino desrespeitou o decreto estadual que proíbe festas e aglomerações durante a pandemia de covid-19. O estado de São Paulo regrediu à fase vermelha da quarentena, a mais restritiva, desde o último dia 6 de março para tentar frear o avanço da doença.
Os denunciantes informaram à polícia local que o cassino funcionava há algum tempo e que foram gastos mais de 8 milhões com as instalações luxuosas. No evento, várias pessoas não usavam mascara de proteção contra a covid-19 ou vestiam o acessório de forma errada. As denúncias chegaram às autoridades, inicialmente, como festa clandestina.
"Ao chegarmos no local, para a nossa surpresa, não se tratava de uma festa clandestina, e sim de um cassino clandestino. Na verdade bastante grande. Com diversas pessoas aglomeradas, se expondo ao contágio novamente", disse Brotero.
A operação contou com uma força-tarefa com agentes da Vigilância Sanitária, Procon-SP, Corpo de Bombeiros e apoio das Polícias Militar, Civil e da Guarda Civil Metropolitana. O caso dever ser investigado pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
O episódio ocorre na véspera da reapresentação dos principais jogadores do Flamengo, que ganharam um período de descanso após a conquista do Campeonato Brasileiro. Nesta segunda-feira, Gabriel e outros nomes importantes do elenco, como Bruno Henrique e Arrascaeta, são aguardados no Ninho do Urubu para a retomada dos treinos.
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