O pedido do presidente Jair Bolsonaro a seguidores para entrarem em hospitais públicos e filmarem os leitos de UTI provocou reação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O comentário foi feito por Bolsonaro em uma transmissão nas redes sociais na última quinta-feira (11). O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), por sua vez, defendeu a sugestão feita pelo pai.
Neste domingo (14), Gilmar Mendes foi às redes sociais para criticar o pedido do chefe do Executivo. No texto, o ministro destacou que a atitude configura crime e cobrou que o autoridades, como o Ministério Público, ajam "imediatamente".
Em seguida, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, defendeu o recado do pai na mesma rede social. "Só um bandido ou um doente mental para minimamente crer que o Presidente incentivou invasão a hospitais ao invés de entender que o citado foi para que cidadãos cumpram seu direito de fiscalizar os gastos públicos", afirmou o vereador.
O presidente Bolsonaro afirmou que seriam necessárias pessoas "na ponta da linha" para mostrar se os leitos estão ocupados ou não; e se os gastos são compatíveis. Ele também prometeu repassar os dados para a Polícia Federal e para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O comentário também provocou reação negativa de governadores e do Conselho Nacional de Saúde. Na semana anterior, um grupo de cinco deputados estaduais de São Paulo invadiu o Hospital de Campanha do Anhembi, na zona norte da capital paulista, sob o argumento de fazer uma vistoria no local.
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