O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, fez uma crítica dura à atuação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e disse que seu secretário de segurança no DF, Anderson Torres, que é amigo do presidente Jair Bolsonaro, seria um ministro 100 vezes melhor do que o ex-juiz da Lava Jato.
Em entrevista ao Estado, Ibaneis disse que "Moro nunca fez nada" desde que chegou ao ministério e que seria melhor que voltasse para as investigações de corrupção.
"Ele nunca fez nada. Como ministro, não fez nada. Foi um grande erro do presidente. Moro está fazendo um péssimo trabalho", disse o governador, que se aproximou mais do que nunca do Palácio do Planalto, tendo sido o único governador em todo País a ter participado, a convite de Bolsonaro, da coletiva sobre o avanço da pandemia do coronavírus, na última quarta-feira, 22.
Segundo Ibaneis, o secretário de segurança no DF, Anderson Torres, lhe disse que não recebeu nenhum convite até agora para assumir qualquer posto no governo, mas a chefia da Polícia Federal, segundo o ministro, "seria pouca coisa" para o seu secretário.
"Anderson é fiel a mim e muito próximo do presidente. Ele me disse que, até o momento, não recebeu nenhum convite, então não recebeu. Se for para ele ir para a Polícia Federal, vou ter alguma divergência. Mas se para o Ministério da Justiça, aí ele tem que ir", disse Ibaneis.
Sobre a postura do governo, que correu para aplacar os ânimos e manter Sergio Moro no governo, Ibaneis disse que "já passou da hora" de demitir o ministro da Justiça e que Bolsonaro "precisa parar de usar uma Bic", e passar a usar uma "Montblanc", em referência à grife de canetas mais caras do mundo.
"O presidente tem que exonerar essa turma, tem que usar logo uma Montblanc, e não uma Bic. Nomeado cumpre ordem. Cadê o Moro? Ele sumiu, ficou escondido, esperando a crise para aparecer depois como estrela", disse o governador.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta