O governo de São Paulo espera chegar até o próximo dia 13 com cerca de 1.250 mortes por coronavírus no estado. Atualmente, há registro de 275 mortes. A variação em uma semana seria de 372%.
O governo traçou cenários com e sem medidas de distanciamento social. Sem essas providências, segundo o governo, a estimativa seria de cerca um pouco menos de 5 mil mortes.
Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas afirmou que as medidas tomadas até agora permitiram que o sistema de saúde conseguisse absorver a demanda.
"No estado de São Paulo, temos 12.546 leitos de UTI neste momento. Ocupação já é em torno de 50%. Se não houvesse sido tomadas medidas, nós precisaríamos neste momento de 3.742 leitos de UTI. Daqui mais 30 dias, 16 mil. Ou seja, nosso sistema estaria absolutamente incapacitado". disse.
A equipe médica afirmou, porém, que há indícios de um arrefecimento do isolamento da população, com base em dados de movimentação de telefones celulares.
"Temos os números que começaram muito bem, em torno de 69% [de redução de movimentação de telefones], depois caiu para 60% e hoje está com 56% de redução. É importante lembrar que para essas medidas serem efetivas a gente precisa ter acima de 70% de redução da mobilidade", disse Divas Covas.
Ele também citou um cenário de mortes em 180 dias. "Se não houvesse nenhum tipo de medida, teríamos 277 mil mortos. Com as medidas vamos reduzir em 166 mil mortes", disse.
O governador João Doria (PSDB) anunciou novo período de quarentena vai até 22 de abril. Para embasar as decisões, Doria trouxe médicos para dar depoimentos sobre o assunto.
De volta ao trabalho, após se recuperar de coronavírus, o infectologista David Uip, que chefia o centro de contingência contra o coronavírus em SP, fez um depoimento sobre a sua experiência. "Foi um sentimento muito angustiante. você ir dormir não sabendo como acordar. Felizmente, Deus me ajudou e eu venci a quarentena", disse. Uip foi aplaudido pelos presentes no Palácio dos Bandeirantes.
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