No que depender do governo de São Paulo, os torneios de futebol não devem voltar a ser disputados facilmente no Estado durante esta etapa mais aguda da pandemia da Covid-19. Nesta quarta-feira, o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, Paulo Menezes, afirmou que a gestão do governador João Doria (PSDB) mantém a posição de não liberar a realização de partidas, apesar do posicionamento contrário vindo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação Paulista de Futebol (FPF).
"Temos acompanhado a pressão enorme que as federações têm feito para que não se interrompam os jogos. O posicionamento do Centro de Contingência é claro. Nesse momento é preciso suspender todo o tipo de atividade coletiva", disse Menezes durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. Por decisão do governo, os jogos do Campeonato Paulista estão proibidos em São Paulo desde o último dia 15. O veto vale até o dia 30 deste mês.
Diante dessa restrição, a FPF tentou negociar um afrouxamento da regra e, como medida mais recente, levou duas partidas do Estadual para a cidade de Volta Redonda (RJ). Para convencer a prefeitura da cidade, a entidade até mesmo doou respiradores. A FPF chegou a marcar uma partida entre Ponte Preta e Santos no Rio de Janeiro. O jogo foi cancelado por uma proibição da prefeitura local.
A CBF também tem se manifestado favorável à continuação do calendário. As partidas da Copa do Brasil estão marcadas, inclusive com mandos transferidos para outros Estados. Um exemplo disso é a cidade de Mesquita (RJ). O município receberá nos próximos dias dois jogos pelo torneio: Ypiranga-AP x Santa Cruz-PE e também a partida Goianésia-GO x CRB-AL.
Menezes afirma que a decisão de momento do governo é de não relaxar as restrições ao futebol. "Mantemos a posição do Centro de Contingência de não haver nenhum tipo de atividade coletiva, como os jogos do Campeonato Paulista", disse. Apesar disso, os times estão liberados para continuarem a treinar.
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