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Governo lança novas regras para transporte de pets em aviões no Brasil

Governo lança novas regras para transporte de pets em aviões no Brasil

Plano de Transporte Aéreo de Animais (PATA) inclui a garantia de rastreabilidade dos animais durante o transporte, por meio de sistema que permite o acompanhamento e a localização dos pets

Publicado em 30 de outubro de 2024 às 20:17

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) apresentou nesta quarta-feira (30), em Brasília, um conjunto de medidas para ampliar a segurança e o conforto de pets durante viagens aéreas. O objetivo é pôr o Brasil na vanguarda da aviação pet-friendly.

O anúncio vem pouco mais de seis meses depois da morte do cão Joca, da raça golden retriever, que morreu durante transporte aéreo realizado pela Gol. O animal saiu de Guarulhos (SP) e deveria ter sido levado a Sinop (MT), mas foi colocado em um avião com destino a Fortaleza (CE).

Mandado de volta a Guarulhos, permaneceu quase oito horas no avião, e chegou a São Paulo já morto. O caso foi arquivado pela Justiça de São Paulo, depois de o Ministério Público opinar que a morte de Joca foi causada por erros e negligências dos funcionários da Gol e Gollog, mas que não houve dolo.

O Plano de Transporte Aéreo de Animais (PATA), apresentado pelo ministério, inclui a garantia de rastreabilidade dos animais durante o transporte, por meio de sistema que permite o acompanhamento e a localização dos pets, segundo anunciou a pasta.

"Com cerca de 80 mil animais transportados anualmente, precisamos garantir que as empresas aéreas se responsabilizem por esses trajetos, com a qualificação de seus profissionais e pelo monitoramento do transporte do animal, incluindo apoio veterinário para minimizar o estresse dos animais, se for necessário", disse o ministro Silvio Costa Filho.

O documento apresentado nesta quarta foi formulado com a contribuição de nove órgãos governamentais, entidades de proteção animal, companhias aéreas e sociedade civil, com mais de 3.500 sugestões apresentadas nos últimos três meses.

De acordo com o ministério, as companhias aéreas vão precisar disponibilizar serviços veterinários para emergências, garantindo que os animais recebam assistência adequada quando necessário.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) receberá mensalmente relatórios das companhias aéreas sobre o serviço prestado e vai monitorar a qualidade do serviço. As empresas terão o prazo de 30 dias para se adequarem às novas regras.

Também foi criado um Código de Conduta, pelo qual as companhias aéreas se comprometem a seguir integralmente as regras e aperfeiçoar o serviço. De acordo com o governo federal, o documento está alinhado ao manual da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) e estabelece rigorosos critérios de segurança que devem ser aplicados em todas as etapas do transporte aéreo de animais.

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