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Governo Lula exonera mais cinco militares que atuavam no Planalto

Governo Lula exonera mais cinco militares que atuavam no Planalto

Apenas na semana passada, 84 militares foram dispensados de postos na sede do Poder Executivo em Brasília

Publicado em 23 de janeiro de 2023 às 11:28

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BRASÍLIA (DF) - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou mais cinco militares que atuam no Palácio do Planalto, sendo quatro que atuavam na Vice-Presidência e outro do gabinete pessoal da Presidência.

As novas exonerações foram publicadas nesta segunda-feira (23) no "Diário Oficial" da União. Elas ampliam a sequência de dispensas de militares que tiveram início no atual governo, mas foram intensificadas após o ato golpista de 8 de janeiro.

Apoiadores de Bolsonaro invadem prédios na Praça dos Três Poderes em Brasília
Apoiadores de Bolsonaro invadem prédios na Praça dos Três Poderes em Brasília. (Lucas Neves/Agência Enquadrar/Folhapress)

Nesta segunda-feira, foi exonerado um tenente que exercia a função de assessor técnico militar na ajudância de ordens do gabinete pessoal do presidente da República.

Os outros quatro atuavam todos na Vice-Presidência da República. Três deles eram da assessoria militar do gabinete do vice-presidente e outro, do departamento de administração e finanças.

Apenas na semana passada, foram 84 militares dispensados de postos no Planalto, sendo que 38 deles eram do Gabinete de Segurança Institucional — responsável pela segurança do Palácio do Planalto e da Presidência.

Os demais trabalham na parte administrativa ou do departamento de residência oficial, que cuida do Palácio da Alvorada, não ligado ao ministério.

A desconfiança da equipe de Lula com os militares vinha desde os trabalhos do gabinete de transição, quando foi decidido que a segurança pessoal do presidente deixaria de ser responsabilidade do GSI e passaria para a Polícia Federal.

As exonerações foram intensificadas após o ato de 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) promoveram um ato golpista, avançando sobre as forças de segurança e invadindo o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

Após os ataques golpistas, o presidente externou em diversos momentos a sua desconfiança. Em entrevista à GloboNews, afirmou que a inteligência do governo federal "não existiu" às vésperas do ato.

Além do chefe do GSI, general Gonçalves Dias, aumentou a pressão sobre o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, por suspeitas que as Forças Armadas não atuaram para impedir a vandalização do palácio, além de serem lenientes com os acampamentos golpistas, em frente ao quartel-general.

No sábado (21), Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, em meio a uma crise de confiança aberta com as Forças Armadas

O novo chefe da Força é o atual comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.

Nesta semana, ele havia feito um discurso incisivo de defesa da institucionalidade, pedindo o respeito ao resultado das eleições e afirmando o Exército como apolítico e apartidário.

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