O Ministério da Saúde negocia obter 13 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela empresa norte-americana Moderna. O cronograma inicial prevê que, caso o acordo seja firmado, a entrega ocorra ainda neste ano.
A possibilidade de aquisição das doses foi discutida em reunião nesta sexta-feira (5) entre integrantes da Saúde e representantes da Moderna. Após o encontro, a pasta divulgou uma nota em que diz ter intenção de fechar um acordo com a empresa nos próximos dias.
"A confirmação dessas informações nos ajuda a ter segurança para acelerarmos a assinatura do contrato", aponta em nota o secretário-executivo do ministério, Elcio Franco, segundo quem a medida entra "praticamente em fase final de negociações".
A previsão é de que, das 13 milhões de doses, 1 milhão seja entregue até o fim de julho, seguido de mais 1 milhão até 31 de agosto e 1 milhão até 31 de setembro.
Já entre outubro e dezembro, são previstas 10 milhões de doses, o que ocorreria em diferentes cargas, de acordo com a pasta.
Cronograma divulgado pelo ministério nesta quinta (4) a senadores aponta ainda possibilidade de oferta de mais 50 milhões de doses até 31 de janeiro de 2022. O total, porém, não foi confirmado pelo ministério.
Nos últimos dias, o anúncio de que prefeitos e estados passaram a negociar doses de vacinas fez o Ministério da Saúde tentar acelerar contatos com fabricantes.
As discussões ocorrem em meio a críticas de demora da pasta para fechar acordos e em um momento em que o país enfrenta nova escalada da epidemia, com relatos de colapso no sistema de saúde em diferentes estados.
Além da Moderna, o ministério já anunciou ter intenção de adquirir 138 milhões de doses de vacinas da Pfizer e da Janssen. Os contratos, porém, ainda não foram assinados.
Em audiência no Senado em fevereiro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, comentou a possibilidade de compra das doses da Moderna, mas se queixou do valor exigido pela empresa.
"A Moderna nos apresentou uma proposta também em um altíssimo valor de US$ 37 a dose, e nós topamos negociar, mas só entrega em outubro", disse, sobre a proposta da época. Questionado, o ministério ainda não informou o valor discutido nesta sexta com a empresa.
Ainda não houve pedido da Moderna para aval à aplicação da vacina no Brasil, o que é definido por meio da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O imunizante, no entanto, já foi aprovado por outras agências reguladoras reconhecidas, caso da EMA (Europa) e do FDA (Estados Unidos).
Durante os testes clínicos, a vacina registrou 94,1% de eficácia na proteção de casos sintomáticos de Covid-19.
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