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Governo negocia com a Moderna compra de 13 milhões de doses de vacinas

Governo negocia com a Moderna compra de 13 milhões de doses de vacinas

O cronograma inicial prevê que, caso o acordo seja firmado, a entrega das doses por parte da empresa norte-americana ocorrerá  ainda neste ano

Publicado em 6 de março de 2021 às 08:31- Atualizado há 4 anos

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Agência aprova o uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Moderna
Agência aprova o uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Moderna. (Reuters/Folhapress)

Ministério da Saúde negocia obter 13 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela empresa norte-americana Moderna. O cronograma inicial prevê que, caso o acordo seja firmado, a entrega ocorra ainda neste ano.

A possibilidade de aquisição das doses foi discutida em reunião nesta sexta-feira (5) entre integrantes da Saúde e representantes da Moderna. Após o encontro, a pasta divulgou uma nota em que diz ter intenção de fechar um acordo com a empresa nos próximos dias.

"A confirmação dessas informações nos ajuda a ter segurança para acelerarmos a assinatura do contrato", aponta em nota o secretário-executivo do ministério, Elcio Franco, segundo quem a medida entra "praticamente em fase final de negociações".

A previsão é de que, das 13 milhões de doses, 1 milhão seja entregue até o fim de julho, seguido de mais 1 milhão até 31 de agosto e 1 milhão até 31 de setembro.

Já entre outubro e dezembro, são previstas 10 milhões de doses, o que ocorreria em diferentes cargas, de acordo com a pasta.

Cronograma divulgado pelo ministério nesta quinta (4) a senadores aponta ainda possibilidade de oferta de mais 50 milhões de doses até 31 de janeiro de 2022. O total, porém, não foi confirmado pelo ministério.

Nos últimos dias, o anúncio de que prefeitos e estados passaram a negociar doses de vacinas fez o Ministério da Saúde tentar acelerar contatos com fabricantes.

As discussões ocorrem em meio a críticas de demora da pasta para fechar acordos e em um momento em que o país enfrenta nova escalada da epidemia, com relatos de colapso no sistema de saúde em diferentes estados.

Além da Moderna, o ministério já anunciou ter intenção de adquirir 138 milhões de doses de vacinas da Pfizer e da Janssen. Os contratos, porém, ainda não foram assinados.

Em audiência no Senado em fevereiro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, comentou a possibilidade de compra das doses da Moderna, mas se queixou do valor exigido pela empresa.

"A Moderna nos apresentou uma proposta também em um altíssimo valor de US$ 37 a dose, e nós topamos negociar, mas só entrega em outubro", disse, sobre a proposta da época. Questionado, o ministério ainda não informou o valor discutido nesta sexta com a empresa.

Ainda não houve pedido da Moderna para aval à aplicação da vacina no Brasil, o que é definido por meio da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O imunizante, no entanto, já foi aprovado por outras agências reguladoras reconhecidas, caso da EMA (Europa) e do FDA (Estados Unidos).

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Durante os testes clínicos, a vacina registrou 94,1% de eficácia na proteção de casos sintomáticos de Covid-19.

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