As águas do Guaíba subiram e voltaram a invadir a orla e calçadas das ruas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, neste sábado (29). Em alguns trechos, era possível ver ondas se formando.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram a água invadindo calçadas e ruas. Na região da orla, a água atingiu quadras esportivas e a pista de skate. Também há registro de alagamentos nos bairros Guarujá, Espírito Santo e Ipanema, na zona sul da capital.
A água chegou a subir 1,50 metro no bairro Guarujá. A Praça José Comunal, um dos pontos turísticos da cidade, no Belém Novo, ficou inacessível. Bancos, lixeiras e churrasqueiras ficaram embaixo d'água, segundo a imprensa local.
O nível do lago passou de 3,33 metros para 3,55 na sexta-feira (28) e só começou a baixar a partir da madrugada de hoje. Segundo a última leitura feita pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) na região da Usina do Gasômetro, às 14h15, o registro é de 3,47 metros. O patamar está acima da cota de alerta (3,15 metros) e a poucos centímetros do nível de inundação (3,60 metros).
Os cenários de previsão indicam manutenção dos níveis do Guaíba acima da cota de alerta nos próximos dias. Boletim anunciado nesta sexta-feira (28) pelo IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) previa que afluentes dos rios e uma intensificação do vento sul causariam elevação no final de semana, "podendo chegar na cota de inundação, no pior cenário".
A tendência é de diminuição para um volume abaixo do nível de alerta ao longo da semana que vem. As previsões meteorológicas mais atualizadas indicam menos chuvas. Não há previsão de chuva com volume expressivo nos próximos 5 dias, nem nos próximos 10 dias.
Previsões indicam mudança dos ventos sobre o Guaíba e Laguna dos Patos. Eles retornaram fortes na direção sul entre ontem e hoje, mas devem mudar de direção e perder força no domingo, sem previsão de vento sul forte na próxima semana. O regime dos ventos influencia no transbordamento do nível do lago.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta