Uma mulher grávida foi morta e teve o bebê arrancado da barriga em Manaus. O principal suspeito do crime e pai da criança, foi preso.
A jovem Débora da Silva Alves, de 18 anos, foi assassinada no oitavo mês de gestação. O corpo dela foi encontrado no dia 3 de agosto, em uma área de mata do bairro Mauazinho, zona leste de Manaus.
A vítima foi estrangulada e queimada pelo pai do bebê e suspeito do crime, Gil Romero Machado Batista, de 41 anos. Ele teria recebido ajuda de um outro homem, identificado como José Nilson, colega de trabalho de Gil Romero.
De acordo com a polícia, Gil Romero confessou que atraiu Débora até a usina onde ele trabalhava como vigilante para falarem da paternidade do bebê. "Ainda dentro de um carro, eles iniciaram uma discussão, pelo fato dela estar exigindo utensílios para sua gravidez, motivo pelo qual ele a agrediu fisicamente e a deixou desacordada", detalhou a delegada Deborah Barreiros, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros de Manaus.
Após a discussão, com a ajuda de José Nilson, ele estrangulou a jovem com uma corda, detalhou a polícia. Em seguida, a levaram para um galpão onde colocaram fogo em seu corpo. "No entanto, Gil Romero pensou que se a criança fosse localizada, ele seria apontado como principal suspeito, motivo pelo qual, pegou uma faca de pão, abriu a barriga da jovem e retirou o bebê, que já estava morto, e colocou dentro de uma saca de estopa, junto com diversos materiais de restos de obra", contou Deborah.
O saco com o bebê foi jogado no rio, explicou a Polícia Civil do Amazonas.
A Polícia Civil não descarta a participação de uma terceira pessoa, e o caso continua sendo apurado. Também será aguardada a finalização do laudo pericial para que o inquérito seja encerrado. Gil Romero e José Nilson responderão pelos crimes de feminicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver.
Debora desapareceu no dia 29 de julho, quando foi encontrar o suspeito, de acordo com o delegado Ricardo Cunha, que investiga o caso.
O corpo dela foi encontrado após a polícia prender um colega de trabalho de Gil Romero, suspeito de participação no crime.
Gil Romero estava no Pará, para tentar se esconder da polícia. Ele foi preso na noite de terça-feira (8), em Curuá (PA), durante uma operação conjunta entre as polícias civis do Amazonas e Pará.
Já em Manaus, durante a acareação, ele confessou o crime, mas disse que a sua esposa não possuía qualquer tipo de envolvimento. "De fato, nesse momento, as investigações apontam que ela não teve participação", detalhou Ricardo Cunha.
Inicialmente, o pai do bebê disse que queimou a criança junto da mãe, ainda na barriga. Depois, em um segundo depoimento, ele disse que retirou o bebê da barriga de Debora, já morta, e jogou o corpo no rio.
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