Processado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após tê-lo ameaçado em vídeo empunhando uma arma, o empresário José Sabatini disse à Justiça que estava apenas exercendo seu direito à liberdade de expressão e comparou o petista a um árbitro de futebol: ele está sujeito a ser xingado por sua exposição.
"O Requerente além de ser figura pública, recebe diariamente centenas de insultos, ou seja, por tudo o que está sendo questionado, não pode-se considerar como dano moral, como por exemplo um árbitro de futebol que não sofre dano moral em exercício de seu trabalho por ser xingado, pois quem está na chuva não pode reclamar de respingos de águas jogadas por terceiros", afirma o advogado Alceu Jorge Vieira, representante de Sabatini.
A defesa de Sabatini ainda afirma que o pedido de R$ 50 mil a título de indenização por danos morais é uma tentativa de Lula de enriquecer com o processo.
Em gravação divulgada em suas redes sociais em março, o empresário da cidade de Artur Nogueira (SP) diz que Lula vai ter problema e dá tiros com uma arma de fogo.
A defesa alega que Sabatini não quis ameaçar Lula, mas demonstrar sua insatisfação com o que havia lido em publicações da imprensa, e anexa reportagens em que o ex-presidente é acusado por Antonio Palocci de ter interferido em fundos de pensão na década de 1990.
No vídeo, Sabatini xinga Lula e diz que vai derramar seu próprio sangue, mas que não admitirá que o petista transforme o Brasil em Venezuela.
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