O diretor global de Cibersegurança da Huawei, Marcelo Motta, voltou a afirmar que a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações tem a expectativa de que o governo brasileiro aplique unicamente "critérios técnicos e não discriminatórios" para as empresas que atuarem na implantação das redes 5G.
"Esperamos que sejam critérios técnicos e não discriminatórios", frisou nesta quinta-feira, 28, o executivo, durante debate organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).
Motta disse que a especificação das diretrizes e a condução dos testes de equipamentos e redes estão à cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A sugestão do executivo é que a habitação das empresas passe por certificados internacionais combinados com exigências locais.
A defesa de critérios técnicos reiterada hoje pelo representante da Huawei tem como pano de fundo a possibilidade cogitada pelo governo de Jair Bolsonaro de barrar a empresa chinesa no 5G.
A medida representaria um alinhamento do Brasil aos Estados Unidos, que atravessa uma disputa geopolítica com a China.
Entretanto, uma restrição à Huawei não deve prosperar, tendo em vista a dificuldade do governo Bolsonaro em achar meios legais para isso, sem contar o custo elevado para substituição dos equipamentos da Huawei no mercado nacional e os riscos de retaliações da China no campo comercial.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta