Os atos golpistas em Brasília neste domingo (8) deixaram o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), isolado, inclusive dentro do seu partido (MDB).
A omissão das autoridades na capital, que não conseguiram impedir os ataques a prédios públicos, gerou críticas abertas entre correligionários e, até mesmo, a defesa da prisão do emedebista por ministros de tribunais superiores.
Para esses magistrados, a percepção é de que as cenas de barbárie vistas neste domingo são resultado da leniência com a qual as forças de segurança vêm tratando as manifestações golpistas, não só em Brasília. Eles defendem a prisão de Ibaneis e criticam o Ministério Público Federal, que não agiu com mais contundência para coibir a escalada da violência.
No MDB, algumas críticas a Ibaneis são públicas. "O chefe da Segurança do GDF [Anderson Torres] e a leniência local do governo exigem uma intervenção federal imediata. Os golpistas não passarão e a ordem prevalecerá", escreveu o senador Renan Calheiros (MDB-AL) em uma rede social.
A Executiva do MDB emitiu nota na qual chama os golpistas de "turba irracional" e pede basta à violência à nação brasileira. O documento cobra as autoridades a cumprirem a legislação.
Integrantes da cúpula da legenda não escondem que Ibaneis está "totalmente isolado". Há cautela em afirmar ser necessário, ainda, esclarecer se houve omissão por parte do governador. Mas, caso seja constatada, a determinação é "não passar pano".
Ibaneis teve seus poderes esvaziados com o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de intervenção na segurança pública do Distrito Federal.
"Espero a partir desse decreto não só cuidar da segurança do DF, mas garantir que isso não se repetirá. É preciso que essa gente seja punida de forma exemplar, que ninguém nunca mais ouse com a bandeira nacional nas costas ou camiseta da seleção se fingirem de nacionalistas, se fingirem de brasileiros e fazer o que eles fizeram hoje", declarou Lula.
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