O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recebeu, nesta sexta-feira (3), autorização para realizar processo seletivo simplificado com 207.020 vagas para o Censo de 2022. Segundo o instituto, a medida foi autorizada pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital por meio de duas portarias publicadas no Diário Oficial da União.
Dos 207.020 postos de trabalho temporário, 183,1 mil são para recenseador, 18.420 para agente censitário supervisor e 5.500 para agente censitário municipal. A organização do processo seletivo será feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
O censo do IBGE deveria ter sido realizado em 2020, já que essa contagem populacional ocorre de dez em dez anos e a última foi realizada em 2010, mas, além da pandemia de coronavírus no ano passado, a falta de transferência de verba por parte do governo federal para custear o processo em 2021 foi um empecilho.
Inicialmente, a seleção para a contratação de recenseadores, agentes censitários municipais e agentes censitários supervisores previa a contratação de 204 mil temporários no país. Agora, além de ampliar o número de vagas, o IBGE está no processo de devolução dos valores que foram pagos anteriores.
Segundo o instituto, o novo período de inscrições está previsto para ter início em dezembro. As informações sobre data, valores, provas e pré-requisitos para participar ainda serão publicadas pela FGV.
Quem se candidatou a uma das vagas de agente censitário pagou taxa de R$ 39,49. Para recenseador, o valor cobrado foi de R$ 25,77. Para concorrer a recenseador, o candidato deve ter nível fundamental completo, e para os cargos de agentes censitários, ensino médio concluído.
Na seleção que foi cancelada, o salário oferecido para agente censitário municipal era de R$ 2.100, e para supervisor, de R$ 1.700, com jornada de 40 horas semanais, sendo oito horas diárias. Recenseadores recebem por produtividade.
As inscrições nos processos seletivos de 2020 e 2021 não serão válidas para a seleção de 2022. Os interessados deverão fazer nova inscrição e pagar a taxa de inscrição para participar do novo processo seletivo. Segundo o IBGE, o censo visitará os mais de 70 milhões de domicílios brasileiros, em todas as cidades do país, a partir de junho do próximo ano.
O Censo 2022 será possível após recuo do governo, já que o caso foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal). Ao Supremo, o Planalto informou que ampliaria o orçamento do IBGE para a realização do Censo em 2022. Para isso, a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento autorizou emenda ao PLOA-2022, fixando o valor total de R$ 2,292 bilhões para o Orçamento do Censo Demográfico 2022.
O instituto chegou a suspender a realização das provas objetivas em abril, após a votação do Orçamento no Congresso. O governo federal havia reservado anteriormente apenas R$ 2 bilhões para a realização das pesquisas no ano que vem, mas o instituto afirmou que o valor era insuficiente e seriam necessários R$ 2,29 bilhões para realizar o recadastramento.
Em maio, o STF decidiu que o governo só precisaria realizar o Censo em 2022. Em setembro, foram feitos testes para o Censo de 2022 presencial na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.
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