O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), ressaltou, durante coletiva de imprensa no período da tarde desta segunda-feira (18), a repercussão que a imagem da enfermeira Mônica Calazans, primeira pessoa, fora dos estudos clínicos, a receber a vacina contra Covid-19 da Coronavac, teve internacionalmente.
Segundo ele, a imagem da vacinação da enfermeira "foi matéria de capa - pelo menos com a fotografia - de 16 grandes jornais em todo o mundo". "Nos Estados Unidos, no Canadá, na França, na Europa e na Ásia, 16 dos mais importantes veículos de comunicação do mundo apresentaram o início da vacinação em São Paulo, com a vacina do Butantan ... e com uma enfermeira negra na fotografia, sendo a primeira brasileira a receber a vacina contra covid-19 em nosso País" disse.
A vacinação da enfermeira aconteceu no domingo, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar por unanimidade o uso emergencial das vacinas Coronovac e de Oxford contra a covid-19. O movimento do governador paulista, no entretanto, não foi bem visto entre alguns governadores e pelo próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que, em crítica ao tucano, disse ter em mãos os imunizantes, mas que não iria começar a aplicação de doses no domingo em um "ato simbólico ou um ato de marketing".
A crítica também foi feita pelo governador goiano, Ronaldo Caiado (DEM), que reclamou do colega paulista durante a cerimônia em Guarulhos, convocada na manhã desta segunda-feira pelo ministro da Saúde. "(A foto) É um gesto que coloca os outros governadores em situação de segunda categoria. Um gesto que envolve a saúde pública não pode ser transformado em campanha eleitoral. A solidariedade precisa ser respeitada e não o foi ao se iniciar a campanha quando os outros governadores não tinham sequer vacina em seu Estado", disse Caiado.
O governador do Estado de São Paulo afirmou, durante coletiva de imprensa, que a vacinação contra a covid-19 no Interior do Estado vai começar nesta segunda, com prioridade para os profissionais de saúde e populações indígenas.
De acordo com o governador, os imunizantes serão enviados aos Hospital das Clínicas de Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto e Marília, além do hospital de base de São José do Rio Preto.
O governador estará presente, às 15h30, no início da imunização contra o coronavírus em Campinas, com prioridade para profissionais de saúde e populações indígenas. E às 17h30, participa do início da imunização contra o coronavírus na cidade de Botucatu.
Além das vacinas, Doria confirmou que também estará distribuindo seringas, agulhas e equipamento de proteção individual. "Com planejamento, com estrutura, e com equipe responsável, sem nenhuma visão ideológica, partidária, política, mas sim com a visão técnica, que nós estamos realizando esse programa de vacinação em São Paulo", concluiu.
O governador aproveitou para reforçar que a estrutura de logística montada pela secretaria de Saúde do Estado está pronta desde o início de outubro, "o que nos permitiu agilidade nos procedimentos para a chegada da vacina até a chegada nesses grandes centros no Interior de São Paulo", disse.
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