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Imunizante anunciado em Brasília só deve estar disponível em 2022

Imunizante anunciado em Brasília só deve estar disponível em 2022

Testes clínicos da vacina brasileira devem demorar entre 9 e 12 meses e deve receber repasse de R$ 30 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia

Publicado em 27 de março de 2021 às 09:37- Atualizado há 4 anos

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Imunização é também investimento em economia e bem-estar social
Fases 1 e 2 da  nova vacina terão 360 voluntários, diz presidente da Farmacore. (Freepik)

Os testes clínicos da vacina brasileira contra a Covid-19 anunciados ontem pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) devem demorar entre 9 e 12 meses, o que indica que o imunizante deverá estar disponível ao público somente no ano que vem. É o que estima Helena Faccioli, presidente da Farmacore, empresa de biotecnologia que desenvolveu o produto em parceria com cientistas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). "As fases 1 e 2 terão 360 voluntários e devem durar de 3 a 4 meses. Se somarmos o tempo necessário para a fase 3, a gente prevê que todo o estudo clínico demore de 9 a 12 meses."

Helena conta que recebeu a garantia do MCTI de repasse de R$ 30 milhões para viabilizar as fases 1 e 2. "Eles já estão nos acompanhando desde o início do projeto, em abril do ano passado. Mas a assinatura do contrato só será feita após o aval da Anvisa para os testes", explica.

A fase pré-clínica recebeu R$ 4 milhões do governo federal. "A vacina demonstrou 98% de proteção nos testes de anticorpos em animais. Também induziu a produção de células T (de defesa) e não gerou efeito colateral", relata ela.

A presidente da Farmacore explica que a vacina utiliza dois componentes: uma partícula nanolipídica e um antígeno, que é a proteína S1 do coronavírus. O primeiro desperta nosso sistema imunológico e o segundo faz o corpo produzir anticorpos específicos para a covid-19. O antígeno foi desenvolvido pela Farmacore e pela USP. Já a partícula nanolipídica foi criada pela empresa americana PDS, parceira do projeto.

De acordo com Helena, a partícula terá de ser importada para os testes clínicos, mas, caso a vacina seja aprovada, a produção de todos os componentes será feita no Brasil, conforme acordo com a empresa americana. "Já estamos em fase adiantada de negociação com uma grande indústria nacional para viabilizar a produção", disse a presidente.

*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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