AGÊNCIA FOLHAPRESS - Um incêndio consumiu a Capela Santa Rita de Cássia, em Diamantina (MG), na tarde desta sexta-feira (4). Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, não há vítimas.
Os bombeiros foram acionados às 15h40. O fogo destruiu o interior da capela e derrubou a torre central. As paredes do edifício ficaram em ruínas, mas sem desmoronar. O local foi interditado por risco de desabamento.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a capela em chamas, com sons que parecem tiros de arma de fogo. Segundo os bombeiros, há informação de que fogos de artifício eram armazenados no local --o que ainda será esclarecido pela perícia. Um homem fala ao fundo: "Não chegamos a tempo de fazer mais nada".
"As causas ainda vão ser apuradas, a perícia da Polícia Civil compareceu ao local e deve voltar amanhã. Inicialmente, há uma suspeita de curto-circuito. A capela possuía projeto de plano de prevenção contra incêndio, já tinha notificação dos bombeiros para correções, mas não possuía liberação final", afirma o comandante dos bombeiros da cidade, capitão Andrey Gomes.
A capela foi tombada pelo patrimônio municipal em abril de 2003. Ela fica localizada no distrito de Sopa, a cerca de 15 km do centro da cidade.
O centro histórico de Diamantina é tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1938 --o próprio instituto foi criado apenas um ano antes por Getúlio Vargas. Em dezembro de 1999, a área recebeu o título de Patrimônio Cultural pela Unesco.
A cidade possui 13 bens com tombamento federal; dois com estadual e 9 pelo patrimônio municipal --um deles era a Capela incendiada.
Por rede social, o Iphan informou que acompanha atentamente a situação da Capela de Santa Rita e que o incêndio é mais um grande impacto no patrimônio cultural brasileiro.
"Mesmo não sendo um bem tombado individualmente pelo Iphan, o instituto reconhece sua importância para a comunidade diamantinense", diz a nota.
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