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Intervalo de vacina da Pfizer deve ser reduzido de 3 meses para 21 dias, diz ministro

Intervalo de vacina da Pfizer deve ser reduzido de 3 meses para 21 dias, diz ministro

O tempo é o previsto na bula da vacina da Pfizer, mas o Ministério da Saúde decidiu, no passado, ampliá-lo para três meses para conseguir imunizar mais rápido um maior número de pessoas com a primeira dose

Publicado em 26 de julho de 2021 às 11:55

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À mesa, ministro de Estado da Saúde, Marcelo Queiroga.
Ministro de Estado da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que intervalo da vacina da Pfizer será reduzido. (Jefferson Rudy/Agência Senado)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à Folha de S.Paulo nesta segunda (26) que é "muito provável" que a pasta anuncie a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer no Brasil.

Em vez de esperar três meses pela segunda aplicação, os que foram ou ainda serão imunizados com a vacina receberão o reforço no intervalo de 21 dias.

O tempo é o previsto na bula da vacina da Pfizer, mas o Ministério da Saúde decidiu, no passado, ampliá-lo para três meses para conseguir imunizar mais rápido um maior número de pessoas com a primeira dose.

"Naquele momento, não tínhamos certeza da quantidade de doses de Pfizer que receberíamos neste ano e optamos por ampliar o número de vacinados com a primeira dose. Mas agora temos segurança nas entregas e dependemos apenas da finalização do estudo da logística de distribuição interna dos imunizantes para bater o martelo sobre a redução do intervalo da Pfizer para 21 dias", afirma o ministro. "As simulações de logística já estão sendo finalizadas", segue.

Ou seja, mesmo mantido o cronograma de entregas da Pfizer, sem antecipação, será possível a redução, desde que confirmada a capacidade logística da distribuição das ampolas.

As coisas estão evoluindo nesse sentido [de redução do intervalo]", reforça ele. "Em breve teremos a definição".

Ele ressalta que a palavra final será dos técnicos e dos coordenadores do Programa Nacional de Vacinação (PNI), que estariam já em debate avançado sobre a possibilidade.

De acordo com Queiroga, a Pfizer "é muito pontual na entrega das vacinas", e até dezembro vai cumprir o contrato e disponibilizar mais 100 milhões de doses ao Brasil.

Já a vacina de Oxford/ AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fiocruz, deve seguir com o intervalo de três meses, que é o previsto pela farmacêutica como ideal para o produto.

"Ainda faltam estudos para comprovar que a redução desse intervalo poderia ser feita", afirma o ministro Queiroga.

A antecipação da segunda dose pode ajudar a frear a epidemia no país, já que garante uma imunização mais efetiva contra o novo coronavírus. Pode ser importante também no combate à variante Delta, considerada mais contagiosa do que as outras que já circulam no Brasil.

A Delta já está se tornando predominante em vários países do mundo, mas ainda há dúvida se isso pode ocorrer no país, onde a Gama circula com maior intensidade, o que poderia frear o aumento da variante identificada originalmente na Índia.

ANTECIPAÇÃO  PODE COMPROMETER A COBERTURA

Apesar do anúncio do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o secretário Estadual de Saúde, Nésio Fernandes, alertou que a antecipação radical pode comprometer a cobertura vacinal, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (26).

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"Nós consideramos que, havendo ampla disponibilidade da Pfizer no nosso país, a estratégia deveria ser ampliar a primeira dose. A antecipação muito radical da D1 e da D2, que comprometa o início da cobertura de toda a população, incluindo os adolescentes, pode não ser adequada", defendeu Nésio.

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