O grupo de brasileiros formado por jogadores do Shakhtar Donetsk e do Dínamo de Kiev, assim como suas famílias e outros profissionais do futebol, conseguiu deixar o bunker onde se protegia em um hotel de Kiev, capital ucraniana, em meio à invasão russa no país. Eles saíram do local neste sábado, dentro de carros marcados com bandeiras do Brasil, e embarcaram em um trem com destino à fronteira entre Ucrânia e Romênia.
Maria Souza, esposa do zagueiro Marlon, do Shakhtar, gravou vídeos mostrando parte do trajeto no carro e o momento da chegada à estação. "Vai dar tudo certo. Estamos com três crianças, vou ter que desligar, orem bastante pela gente. Nos vemos no Brasil, se Deus quiser", diz a mulher, chorando, assim que o carro estaciona. Depois, o meio-campista Marcos Antônio publicou uma foto já dentro do trem, ao lado de outros jogadores.
Algumas horas antes, o grupo havia compartilhado um vídeo para dizer que não era seguro se deslocar para pegar um dos trens oferecidos pelo Itamaraty. Segundo eles, isso colocaria crianças e idosos em uma situação de risco.
Na gravação, também apontaram que o governo de Portugal ofereceu "veículos para um plano de fuga de seus cidadãos", diferente do governo brasileiro. Porém, diante das complicações vividas no hotel, como a falta de alimento, decidiram que era o momento de tentar o deslocamento.
Neste sábado, a Embaixada do Brasil em Kiev informou que trens iriam partir da capital para locais perto da fronteira com a Romênia, mas pediu que os brasileiros se dirigissem à estação apenas se considerassem a situação segura.
Um primeiro trem saiu na sexta-feira. Nele, estavam os jogadores Busanello, Felipe Pires e Bill, todos do Dnipro. Os três desembarcaram na Romênia na madrugada de sábado, como contou Bill em publicação no Instagram.
"Pessoal, conseguimos sair pela fronteira Ucrânia x Romênia! Graças a Deus deu tudo certo. Estou no Aeroporto a caminho do Brasil, mas nossa luta não terminou, tem outras pessoas presas na Ucrânia sem saber o que fazer e sem saber para onde ir! Orem, ajudem, façam o que for possível", escreveu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta