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Jovem de 20 anos, grávida de 7 meses, morre após tentativa de aborto em SP

Jovem de 20 anos, grávida de 7 meses, morre após tentativa de aborto em SP

Para interromper a gravidez, Ana Carolina teria usado um remédio comprado pela internet no último domingo (24). O produto foi então aplicado em sua barriga

Publicado em 29 de outubro de 2021 às 07:19

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A jovem Ana Carolina Pereira Pinto, 20, que morreu após tentativa aborto
A jovem Ana Carolina Pereira Pinto, 20, que morreu após uso de medicação para aborto. (Reprodução/Facebook)

Uma jovem que estava no sétimo mês de gestação morreu na última terça-feira (26) no interior de São Paulo dois dias depois de ter feito um procedimento para abortar.

Ana Carolina Pereira Pinto, 20, foi encontrada pela família morta em seu quarto na cidade de Valinhos, a 105 km da capital paulista. O namorado da jovem, Kevin Willians, 22, chegou a ser detido, mas será investigado em liberdade.

De acordo com a polícia, a família disse ter estranhado ela não desligar o alarme de seu smartphone na madrugada de terça, o que fez com que a mãe, Camila Marques, fosse até o cômodo para ver o que ocorria. Após entrar no quarto, ela encontrou a filha já morta. O bebê também morreu.

Para interromper a gravidez, Ana Carolina teria usado um remédio comprado pela internet no último domingo (24). O produto foi então aplicado em sua barriga em uma pousada na vizinha Sorocaba, disse o namorado aos policiais.

A perícia ainda tenta descobrir qual era exatamente o nome da substância utilizada.

Segunda a polícia, um dia após a aplicação, ela disse para Kevin que estava com muitas dores, incluindo na cabeça, e que tinha vomitado.

Em nenhum momento o casal contou sobre a gestação ou sobre a tentativa de aborto para a família de Ana Carolina, embora a jovem tivesse manifestado vontade de falar do ocorrido para os pais, conforme aponta a investigação policial.

Após contar o que tinha ocorrido, Kevin foi detido e encaminhado à delegacia da cidade de 124 mil habitantes, onde entregou seu celular. Sem antecedentes criminais, ele foi liberado em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (27) por contribuir com a investigação.

Ainda conforme a polícia, ele afirmou que comprou o medicamento após o casal, que estava junto havia dois anos, decidir pelo aborto, ainda que a gestação já estivesse em estágio avançado.

A gravidez só teria sido descoberta há um mês, primeiro com um teste de farmácia, depois com um ultrassom, que indicou a gestação de 27 semanas de um menino.

Em uma rede social, a mãe da jovem disse que sempre amará a filha. "Meu Deus, tenho certeza que ela era seu anjo mais lindo e mais perfeito, por isso o Senhor recolheu minha bebê. Dai-nos força e entendimento meu Pai, porque a vida e o meu coração se foram", disse.

A reportagem não obteve contato com a atual defesa de Kevin Willians na tarde desta quinta-feira (28). O escritório que o atendia informou à reportagem que não está mais no caso, mas que a família não queria dar entrevistas sobre o assunto.

Policiais afirmaram que ele tem contribuído com a investigação do caso.

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