O juiz eleitoral Marco Antonio Martin Vargas determinou a soltura na noite desta sexta-feira (24) do fundador da Qualicorp, José Seripieri Filho, o Júnior, e de outras duas pessoas que tinham sido presas na última terça (21) em operação que envolve o senador José Serra (PSDB-SP).
O magistrado de São Paulo aceitou também depósito caução de R$ 5 milhões proposto por Seripieri, quantia que, disse, garante eventual futura reparação de danos, e revogou o bloqueio de valores.
Para Martin Vargas, a permanência da prisão não é mais imprescindível para o sucesso das investigações. O juiz afirmou os três suspeitos já foram interrogados e que os objetos a serem periciados já estão com a polícia, "não havendo qualquer risco de destruição ou ocultação".
Também tiveram a prisão revogada Rosa Maria Garcia e Mino Mazzamati, donos de empresas por onde passou parte do dinheiro investigado.
A operação batizada de Paralelo 23, deflagrada na terça (21), apura suspeita de caixa dois na campanha do senador tucano em 2014.
Após a prisão, a defesa do empresário disse que os delatores mencionados no inquérito não o acusavam de caixa dois, mas sim relataram apenas um "mero pedido de doação" a favor de Serra. "Não há qualquer razão ou fato, ainda que se considere a delação como prova (o que os tribunais já rechaçaram inúmeras vezes), que justifique medidas tão graves."
A investigação também incluía cumprimento de mandado de busca e apreensão no gabinete de Serra em Brasília, mas a diligência foi barrada pelo Senado e depois suspensa pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
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