> >
Justiça eleitoral manda Kid Bengala apagar vídeo por ferir os bons costumes

Justiça eleitoral manda Kid Bengala apagar vídeo por ferir os bons costumes

Juíza entendeu que material divulgado por candidato a deputado em São Paulo pode causar indignação na opinião pública

Publicado em 15 de setembro de 2022 às 17:43

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
  • Guilherme Seto

SÃO PAULO - O ator pornô e candidato a deputado federal Clóvis Basílio dos Santos, conhecido como Kid Bengala (União Brasil-SP), terá que apagar da rede social TikTok um vídeo de divulgação de sua campanha eleitoral. Na peça, o candidato faz trocadilhos com conotação sexual.

"Como o Lucas, como o seu João, como o José, como o Ricardo, também como a Flávia, como a Maria, como a Joice, enfim, eu, como todos os brasileiros e brasileiras, estou de saco cheio de tantas sacanagens da política. Por isso, como você, resolvi inovar para meter o pau nessa bagunça. Pode apostar que eu vou entrar é com tudo", diz ele no material, no qual também faz movimentos com insinuações sexuais.

Kid Bengala
Kid Bengala lamentou "censura", mas disse que cumprirá a decisão. (Instagram / Reprodução)

A Procuradoria Regional Eleitoral acionou o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e solicitou a exclusão do vídeo, com o argumento de que ele contém gesticulação vulgar, ofensiva, grosseira, nojenta e repugnante, com conotação sexual, preconceituosa e discriminatória, fere a imagem de homens e mulheres e extrapola os limites da liberdade de expressão.

Em sua decisão, em caráter liminar, a juíza Maria Claudia Bedotti diz que o vídeo não veicula qualquer conteúdo programático e pode criar indignação na opinião pública, "seja pelo emprego do verbo comer no sentido sexual, chulo e grosseiro, seja pelo uso de outros termos vulgares, que ferem a moral e os bons costumes, o que não pode ser permitido pela Justiça Eleitoral."

A magistrada acrescenta, ainda, que a propaganda eleitoral é uma maneira de divulgar os problemas e as propostas para solucioná-los. "Serve para apresentar os candidatos, demonstrar seu histórico na luta por uma ideologia, e não para ser apelativa e causar repúdio", afirma.

O candidato disse que cumprirá a determinação. "Mas lamento ter minha voz e atitudes censuradas. Meu vídeo jamais teve a intenção de ofender ninguém", afirma.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais