Na retomada do intervalo de sua sabatina no Senado, nesta quarta-feira (21), o juiz federal Kassio Nunes Marques foi indagado sobre o fato de sua mulher trabalhar no gabinete do senador Elmano Férrer (Progressistas-CE).
Ele respondeu que a mulher tinha experiência no Senado e vive em Brasília (DF). Foi por isso, provavelmente, que o senador a contratou. "O trabalho que ela desempenha, eu sabia, mas não sei lhe dizer, porque há mudanças de gabinete, mas o que eu sabia que ela fazia são essas respostas vindas de lideranças e questionamentos de gabinetes", afirmou.
Ao responder sobre o emprego da mulher, o juiz também afirmou que se vive com "muita dignidade" com salário de R$ 10 mil no Piauí "sem faltar nada para os filhos em escolas particulares", mas disse que em Brasília o cenário é diferente.
O magistrado ainda afirmou que o Judiciário deve inibir as "fake news", mas ressaltou que é necessário ter cuidado no julgamento desses casos.
"A liberdade de expressão, quando retrata algo que ocorre e não é considerado desvirtuamento da verdade, não pode ser tolhida em nenhum aspecto".
Kassio voltou a ser questionado sobre as inconsistências no currículo e admitiu que trocou textos com o advogado Saul Tourinho, autor de artigos que têm parágrafos idênticos à dissertação do magistrado.
Há um movimento para acelerar a sabatina do indicado pelo presidente Jair Bolsonaro à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Senadores abriram mão de perguntas que disseram ser repetidas e outros foram direto aos questionamento, sem fazer discursos longos. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e parlamentares que apoiam a indicação de Kassio querem realizar a votação do nome em plenário ainda nesta quarta (21).
O governo quer acelerar a votação também para votar outros temas em plenário.
A tendência é que a sabatina seja encerrada antes do que a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), havia previsto. Tebet havia calculado que o interrogatório duraria de 8 a 10 horas.
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