> >
Lewandowski manda PGR analisar uso eleitoral do 7 de setembro por Bolsonaro

Lewandowski manda PGR analisar uso eleitoral do 7 de setembro por Bolsonaro

Presidente é acusado de praticar crimes de prevaricação e peculato por supostamente se beneficiar da estrutura estatal para realizar atos de campanha

Publicado em 9 de setembro de 2022 às 17:40

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura

BRASÍLIA - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta sexta-feira (9) notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por uso político-eleitoral dos desfiles cívico-militares de 7 de Setembro, quando foi comemorado o Bicentenário da Independência. Bolsonaro é acusado de praticar os crimes de prevaricação e peculato — quando funcionários públicos se apropriam de bens do Estado em benefício próprio.

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro saúda público durante desfile do 7 de setembro em Brasília. (Alan Santos / PR)

A notícia-crime foi apresentada ao STF pelo deputado federal Israel Batista (PSB-DF). O partido do parlamentar integra a Coligação Brasil de Esperança, que apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) à Presidência. Batista acusou Bolsonaro de se beneficiar de "odioso maniqueísmo eleitoreiro" durante as celebrações do Bicentenário da Independência para "desenvolver atividade político-partidária, com envolvimento direto de seus asseclas e partidários''.

"Denota, de per se, a existência de relevantes indícios de aplicação dolosa dos recursos previamente destinados ao financiamento das celebrações 'cívico-militares', bem como de ampliação deste Orçamento com vistas e engrossar o coro da multidão de apoiadores, uma vez que o noticiado está atrás nas pesquisas eleitorais", afirmou Batista.

O deputado pede que, após a análise da PGR, a notícia-crime seja encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para que Bolsonaro passe a ser investigado no inquérito das milícias digitais. Batista também cobrou que uma nova investigação do presidente seja aberta para avaliar suas denúncias em relação ao 7 de Setembro.

Ao enviar os autos para o procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro Lewandowski determinou que sejam informadas eventuais diligências ou apurações preliminares que venham a ser adotadas pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar o caso.

Aras tem sido criticado por instaurar investigações preliminares de acesso restrito à PGR, que impedem o acompanhamento dos casos por autoridades e cidadãos comuns. Lewandowski cobrou que quaisquer medidas adotadas pelo procurador-geral sejam comunicadas ao STF.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais