Embora o PT comemore a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), lideranças do partido avaliam que ainda é cedo para proclamar uma vitória indiscutível.
A prioridade a partir de agora é entender se a instrução relacionada aos casos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado segue valendo.
Para um advogado ligado ao partido, deveria valer a teoria dos "frutos da árvore envenenada", ou seja, a decisão de Fachin invalida todo o processo.
Uma importante liderança do PT, contudo, acha que pode haver o risco de uma "pegadinha", pela qual o processo é transferido para Brasília, mas não recomeça da estaca zero.
Com isso, ainda haveria tempo para que Lula seja condenado em primeira e segunda instância até a eleição de 2022. Nesse caso, ficaria inelegível em razão da Lei da Ficha Limpa.
A decisão de Fachin pegou o PT completamente de surpresa. Pela manhã, Lula reuniu-se com líderes do partido no Congresso, e a possibilidade de uma decisão judicial que o beneficiasse não foi nem cogitada.
O mais próximo que se discutiu do tema foi um abaixo-assinado com personalidades estrangeiras defendendo a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. No restante do tema, tratou-se de outros temas políticos e da agenda do Congresso Nacional.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta