O segundo lote de doses da Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, chegou a São Paulo na manhã desta quinta-feira (3). A remessa de 600 litros a granel do imunizante corresponde a 1 milhão de doses, que serão envasados pelo Butantã nos próximos dias. O Estado já havia recebido 120 mil doses da Coronavac em novembro.
O acordo entre o governo do Estado, o Instituto Butantã e a Sinovac prevê 46 milhões de doses da vacina. Dessas, 6 milhões vão chegar ao Brasil prontas para aplicação. A empresa chinesa deve enviar matéria-prima para produção, envase e rotulagem das outras 40 milhões de doses no Instituto Butantã.
Ao ser retirado do avião, o lote foi coberto por um banner escrito "A vacina do Brasil". A Coronavac já foi chamada pelo presidente Jair Bolsonaro de "vacina chinesa de João Doria" e é centro de conflitos com o governador de São Paulo.
João Doria (PSDB) esteve no Aeroporto Internacional de Guarulhos para acompanhar a chegada do material com o secretário da Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, e Dimas Covas, presidente do Instituto Butantã. "Viemos receber aqui mais um lote da vacina Coronavac, a vacina do Butantã, a vacina que vai salvar vidas de milhões de brasileiros", disse o governador.
O governador João Doria (PSDB) esteve em Guarulhos para receber o novo lote ao lado do secretário da Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, e Dimas Covas, presidente do Butantã.
Segundo o governo, a vacina foi transportada no avião em equipamento refrigerado a temperaturas de 2 ºC a 8 ºC. O processo de envase pode levar de quatro a sete dias. Este lote ainda deve passar por testes de qualidade no Instituto Butantã.
Ainda de acordo com o governo, outras remessas devem chegar nas próximas semanas. Apesar de já acumular 1,1 milhão de doses, o processo de vacinação só pode ser iniciado após a conclusão da última etapa dos testes clínicos, que está em andamento, e consequente aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Dimas Covas ressaltou que o Butantã está trabalhando para "muito em breve podermos produzir integralmente a vacina, mediante processo de transferência de tecnologia por parte da Sinovac".
Os resultados das duas primeiras fases dos testes clínicos da vacina já apontam que a Coronavac é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos. Os dados da última etapa, que determina a eficácia do imunizante, devem ser anunciados nas próximas semanas.
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