SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 22 pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os eleitores com renda familiar mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.424). O petista marca nesse grupo 58% de intenções de voto, ante 54% na semana passada, e o rival registra 36% (eram 37%).
No quadro geral do eleitorado, Lula lidera com 49% e Bolsonaro marca 44%, segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta (14).
Já no segmento de eleitores evangélicos, é Bolsonaro quem possui melhor desempenho. Ele tem 34 pontos de diferença para o adversário (65% a 31%), confirmando o apoio majoritário do setor ao atual governo. Os índices eram de 62% e 31%, respectivamente, há uma semana. A oscilação do presidente para cima ocorreu dentro da margem de erro.
No Brasil, 27% do eleitorado declara ser evangélico, conforme o instituto.
Realizado de quinta-feira (13) a esta sexta (14), o levantamento tem margem de erro geral de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 2.898 pessoas em 180 municípios. A pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-01682/2022.
A camada que ganha até dois salários mínimos, a mais pobre da população, corresponde a 50% da amostra. Os dados relacionados ao segmento têm margem de erro de 3 pontos. A dianteira de 22 pontos é favorável para o ex-presidente, que tem os mais desvalidos como foco de sua campanha.
No caso dos evangélicos, a diferença de 34 pontos é confortável para Bolsonaro, que arregimentou apoio de fiéis desse campo ao longo de todo o mandato e aprofundou os apelos a essa parcela da população durante a busca pela reeleição, levando temas religiosos e morais para a linha de frente da campanha.
A margem de erro da pesquisa quando se trata dos números dos evangélicos é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Os novos índices consolidam o apoio majoritário ao presidente no grupo.
Bolsonaro também aparece numericamente à frente no Sudeste, com 48%, ante 44% do ex-presidente. A região concentra 43% do eleitorado, e a margem de erro desse recorte é de 3 pontos.
Os números são estáveis em comparação com a pesquisa da semana passada. O atual mandatário oscilou 1 ponto para cima, e o adversário ficou igual.
A situação se mantém positiva para Lula entre as mulheres, que são maioria no eleitorado — totalizam 52% da amostra coletada no levantamento. Desde o início da série histórica, o segmento feminino está mais propenso a votar no petista do que em Bolsonaro.
Lula aparece agora com 51%, enquanto o adversário tem 42% — uma distância de 9 pontos percentuais. A margem de erro é de 3 pontos.
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