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Lula, Ciro e Tebet criticam intolerância e ódio em assassinato de petista

Lula, Ciro e Tebet criticam intolerância e ódio em assassinato de petista

Candidatos à Presidência lamentaram mais um crime relacionado à disputa política; Benedito dos Santos foi morto a facadas pelo colega de trabalho Rafael de Oliveira, apoiador de Bolsonaro, em Mato Grosso

Publicado em 9 de setembro de 2022 às 21:06

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BRASÍLIA - Candidatos que estão na disputa pela presidência lamentaram mais um ato de violência política em meio à campanha eleitoral. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) usaram termos como intolerância, ódio e selvageria ao se referir nesta sexta (9) ao assassinato de um apoiador do PT por um bolsonarista, ocorrido na quinta-feira (8), em Mato Grosso.

Rafael de Oliveira, 24 anos, foi preso nesta sexta-feira (9) após ter confessado matar a facadas o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, 44, depois de uma discussão política. O homicídio ocorreu em Confresa (MT).

Luiz Inácio Lula da Silva, Simone Tebe
Luiz Inácio Lula da Silva, Simone Tebe. (Reprodução)

"É com muita tristeza que soube da notícia do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, na zona rural de Confresa. A intolerância tirou mais uma vida. O Brasil não merece o ódio que se instaurou nesse país. Meus sentimentos à família e aos amigos de Benedito", escreveu Lula em uma rede social.

Em seguida, no Rio, disse que "o país caminha para uma selvageria que até então desconhecíamos". "É uma demonstração do clima de ódio estabelecido no processo eleitoral. Uma coisa totalmente anormal."

O petista ainda afirmou esperar que a polícia esteja atenta, assim como a Justiça Eleitoral, à possibilidade de que o crime tenha sido feito a mando de alguém, "por orientação, ou se é uma estratégia de política".

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, atribuiu o homicídio registrado em Confresa (MT) ao que chamou de "guerra fratricida e polarização odienta". 

"Mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta que pode inundar de sangue o nosso solo. Abaixo a violência política. O Brasil quer paz", escreveu Ciro em sua página no Twitter.

SIMONE TEBET RESPONSABILIZA BOLSONARO

A senadora Simone Tebet (MDB) responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos casos de violência política, argumentando que ele "estimula o ódio". A emedebista também pediu que o chefe do Executivo "dê um basta nisso".

"Este não é o Brasil que queremos, este não é o Brasil que podemos aceitar. O Brasil é um país de paz, quer paz, quer união, especialmente na área da política. A política não é isso. Política é a arte de realizar sonhos das pessoas", afirmou a candidata, durante agenda no interior paulista, sobre a morte do militante petista.

"Nós precisamos que o presidente da República dê um basta nisso. Ele estimula o ódio, ele instiga o ódio através de fake news, através de suas redes sociais. É preciso que ele dê um basta. Nenhum filho pode dormir sem o pai por uma briga fratricida por questões políticas", completou.

A candidata à Presidência pela União Brasil, Soraya Thronicke, afirmou que o Brasil está regredindo de mãos dadas com a barbárie.

"Tem gente morrendo no Brasil por causa de adversidade política e partidária. Enquanto eles brigam, quem apanha é o povo brasileiro", escreveu. "Envergonham o País com corrupção, nos distraem com a polarização e, além disso, derramam sangue alheio."

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