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Lula cobra Alckmin mais ágil e Haddad no Congresso, 'em vez de ler livro'

Lula cobra Alckmin mais ágil e Haddad no Congresso, 'em vez de ler livro'

Presidente pede entrada de ministros em campo para articulação política e deve encontrar Lira e Pacheco nesta semana

Publicado em 22 de abril de 2024 às 14:04

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RENATO MACHADO E IDIANA TOMAZELLI

BRASÍLIA - O presidente Lula (PT) cobrou nesta segunda-feira (22) que seus ministros entrem mais em campo para ajudar na articulação com o Congresso Nacional.

Lula então pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja "mais ágil". Também pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares.

"Isso significa que o Alckmin tem que se mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social], o Rui Costa [ministro da Casa Civil], passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B", afirmou o presidente.

 Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Cerimônia de Lançamento do Programa Acredita, no Palácio do Planalto.
Lula durante cerimônia de lançamento do Programa Acredita, no Palácio do Planalto. (Ricardo Stuckert / PR)

As declarações foram dadas durante cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de programa de concessão de crédito empresários e pessoas inscritas no CadÚnico, base de dados do governo federal para o pagamento de programas sociais.

A articulação política do governo vem sendo alvo de críticas no Congresso Nacional, embora conte com o respaldo do presidente Lula. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chegou a afirmar que o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) era um "desafeto pessoal" e "incompetente".

Na sexta-feira (19), Lula realizou uma reunião de emergência com ministros palacianos e com líderes do governo no Congresso Nacional para melhorar a coordenação política. A expectativa é que o presidente se encontre nesta semana com Lira e também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Além da briga com Lira, o governo vive um momento delicado com o risco de avanço da pauta-bomba, que pode ter impacto bilionário para as contas públicas. O principal item é a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que turbina o salário de juízes e promotores, com custo anual de cerca de R$ 40 bilhões.

A proposta é patrocinada por Pacheco.

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