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Lula confirma Marina e Tebet e anuncia os 16 últimos ministros

Lula confirma Marina e Tebet e anuncia os 16 últimos ministros

Presidente eleito completou a formação do primeiro escalão do futuro governo, com mais espaço para partidos de centro-direita

Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 14:04

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Marina Silva e Simone Tebet com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Marina Silva e Simone Tebet foram aliadas de Lula durante a campanha eleitoral. (Ricardo Stuckert/PT)

BRASÍLIA - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (29) os últimos 16 ministros e completou a formação do primeiro escalão do futuro governo. Lula adiou os acordos políticos a até três dias da posse, para abrir espaço aos partidos de centro-direita, seu futuro centrão, e ampliar a base de governabilidade no Congresso.

Na última leva de anúncios, ele também confirmou a entrada no governo de duas ex-presidenciáveis, Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento, e Marina Silva (Rede), que retorna ao Ministério do Meio Ambiente. Ambas são consideradas escolhas pessoais de Lula, em retribuição ao apoio e engajamento prático e simbólico delas na campanha.

Os principais partidos contemplados foram o MDB, o PSD e o União Brasil. Dando três ministérios a cada, Lula selou o acordo para que as legendas integrem o governo, mesmo diante de insatisfações no PT e em partidos pequenos não atendidos. Juntas, essas siglas somam 143 deputados e 31 senadores.

Lula entregou o Ministério da Previdência Social ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que havia sido ministro do Trabalho no governo Dilma Rousseff. O PDT disputou a Presidência com o ex-ministro Ciro Gomes, ex-aliado pessoal e hoje crítico de Lula.

Lula orientou os ministros a montarem as equipes de forma democrática e com capacidade técnica e defendeu a nomeação de parlamentares e políticos sem experiência na área que assumem. “No meu governo não há medo de escolher político. Fora da política não se resolve quase nada nesse planeta.”

A presidente do PT, Gleisi Hoffman, afirmou que na próxima semana vai começar a dialogar para compor o segundo escalão com partidos menores que ficaram sem ministérios. Avante, PV, Solidariedade e Pros serão contemplados com cargos. “Nenhum ministério é porteira fechada”, disse ela. “São partidos que estiveram conosco na caminhada, gostaríamos muito que tivessem ministérios, mas não foi possível. Vamos tentar contemplar”.

Segundo a presidente do PT, os presidentes da Petrobras, da Caixa e do Banco do Brasil ficarão para um segundo momento. Até pouco antes do anúncio dos ministros, havia a previsão de confirmação do senador Jean Paul Prates na petrolífera. Lula preferiu postergar de última hora. Segundo Lula, os dois maiores bancos serão assumidos por mulheres.

“Vamos ter uma mulher na presidência do Caixa e uma mulher no Banco do Brasil. O Banco do Brasil tem 200 anos e nunca se pensou em ter uma mulher na presidência”, afirmou ele, anunciando apoio a políticas de paridade salarial de gênero.

“A construção do governo continua, e vai continuar depois da posse”, disse Lula, que confirmou que irá se debruçar na semana que vem sobre a escolha de cargos no segundo escalão do governo, inclusive nos cargos federais distribuídos nos Estados. A Funai e a Sesai serão chefiadas por indígenas, afirmou Lula.

Ele disse que fará uma reunião ministerial ampla nos primeiros três dias do governo e logo um encontro com governadores.

Lula exaltou a presença recorde de onze mulheres como ministras do governo e, um a um, anunciou os “companheiros” e “companheiras”. “Quero que vocês façam parte da história política nesse País, no momento que tivemos coragem de assumir um Brasil delicado, destruído”, disse ele.

Os 16 novos ministros anunciados por Lula


Líderes no Congresso

Lula também anunciou nesta quinta-feira (29), além de ministros, quem serão os líderes do seu governo na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e no Congresso Nacional.

Para a Câmara, foi escolhido o deputado José Guimarães (PT-CE); para o Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e para o Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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