O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (11) que acredita na urna eletrônica e, em discurso crítico ao presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o "golpe será democrático e popular" com a realização das eleições.
"Bolsonaro fala em golpe todo o dia. A imprensa fala em golpe. E ele vai ver o golpe que ele vai sofrer no dia 2 de outubro. O povo vai dar um golpe no autoritarismo dele e vai reestabelecer a democracia nesse país. Vai ser o primeiro golpe democrático e popular. Golpe sem fuzil, sem metralhadora. É um golpe da eleição democrática", afirmou Lula.
O ex-presidente participou de plenária em Juiz de Fora, em Minas Gerais, na tarde desta quarta. Na agenda do petista estava prevista uma entrevista coletiva que foi desmarcada. Na plenária, Lula também afirmou que defende a urna eletrônica, alvo de ataques de Bolsonaro e seus aliados. "Ele está dizendo que a urna vai praticar roubo. Sabe por que eu confio na urna? Por que se pudesse roubar na urna eletrônica, o torneiro mecânico não teria sido presidente da República duas vezes", disse.
O petista estava acompanhado dos ex-ministros Aloizio Mercadante e Luiz Dulci, do deputado Reginaldo Lopes (MG), líder do PT na Câmara e pré-candidato da legenda ao Senado, e da socióloga Rosângela da Silva, a Janja, sua noiva.
Lula cumpre uma série de compromissos de pré-campanha em Minas Gerais. Nesta terça (10), esteve em Contagem (MG) e, na segunda-feira (9), em Belo Horizonte. Ele enfrentou pequenos protestos de apoiadores de Bolsonaro nos outros municípios, mas sem intercorrências.
Preocupados com atos agendados por aliados de Bolsonaro, o PT reforçou a segurança e fez ajustes na agenda do ex-presidente em viagem a Juiz de Fora nesta quarta, segundo integrantes da equipe do petista. A segurança teve de ser redobrada em Juiz de Fora, segundo aliados do petista, depois de a equipe de Lula ser avisada de que protestos foram agendados para pontos onde ele cumpre compromissos.
Foi em Juiz de Fora, em setembro de 2018, que o então candidato à Presidência do PSL Jair Bolsonaro levou uma facada na barriga.
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