SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em pronunciamento na noite deste domingo (2), após a confirmação de que irá ao segundo turno da eleição contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que a nova rodada da disputa é uma prorrogação e a vê como uma "segunda chance" que o povo lhe deu.
Com mais de 99% das urnas apuradas, o petista estava com 48%, ante 43% de Bolsonaro, que registrou um desempenho superior ao que previam as pesquisas encerradas na véspera.
"Isso para nós é apenas uma prorrogação", discursou Lula.
"Para desgraça de alguns, eu tenho mais 30 dias para fazer campanha. Eu adoro fazer campanha, [...] e vai ser importante porque vai ser a primeira chance de a gente fazer um debate com o presidente da República, para saber se ele vai continuar contando mentiras", afirmou.
"Acho que é uma segunda chance que o povo brasileiro me dá."
Lula acompanhou a apuração em um hotel no centro de São Paulo. Ele falou à imprensa e aos correligionários no auditório do local. A seu lado no palco estavam a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), entre outros.
As três primeiras fileiras de cadeiras do auditório ficaram reservadas para familiares e aliados do ex-presidente. Apoiadores de sua candidatura como a cantora Daniela Mercury, o comediante Paulo Vieira, a chef Bela Gil, a historiadora Lilia Schwarcz e o advogado Silvio Almeida estavam no espaço para convidados.
Cerca de 400 jornalistas foram credenciados para a cobertura.
O ex-presidente estava sereno enquanto acompanhava a apuração, e aliados demonstravam apreensão, segundo presentes. Por volta das 20 horas, Lula caminhava pelo salão, enquanto, impávido, o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), acompanhava a evolução dos números pelo celular.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta