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Lula pede desculpas por usar 'frase infeliz' ao falar sobre coronavírus

Lula pede desculpas por usar "frase infeliz" ao falar sobre coronavírus

Para exaltar a importância do Estado, ex-presidente afirmou: "Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus", mas se diz arrependido pela forma que se expressou

Publicado em 20 de maio de 2020 às 15:48

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O ex-presidente Lula, em discurso na Praça Costa Pereira, em Vitória
O ex-presidente Lula, pediu desculpas por se expressar mal. (Fernando Madeira)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 76, afirmou nesta terça-feira (19) que o surgimento da pandemia do coronavírus foi positivo para alertar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a importância de um Estado forte para conter o avanço da crise econômica. Mas a forma como se expressou ao afirmar: "Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus", foi duramente criticada por milhares de pessoas nas redes sociais. Por isso, nesta quarta-feira (20), Lula usou sua conta oficial no Twitter para pedir desculpas.  

Em entrevista à revista Carta Capital, Lula quis enaltecer o Estado, mas acabou se complicando no discurso. "O que eu vejo? Quando eu vejo essas pessoas acharem que tem que vender tudo que é público e que tudo que é público não presta nada... Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus, porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar, que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises", declarou o ex-presidente, que agora se mostra arrependido da maneira que falou.

LULA

Lula foi solto no início de novembro, após 580 dias preso na Polícia Federal em Curitiba, beneficiado por um novo entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) segundo o qual a prisão de condenados somente deve ocorrer após o fim de todos os recursos. 

O petista, porém, segue enquadrado na Lei da Ficha Limpa, impedido de disputar eleições. Lula permaneceu preso de 7 abril de 2018 a 08 de novembro de 2019 em uma cela especial da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O local tinha 15 metros quadrados, com banheiro, e ficava isolado no último andar do prédio. Ele não teve contato com outros presos, que ficavam na carceragem, no primeiro andar. 

Lula foi condenado em primeira, segunda e terceira instâncias sob a acusação de aceitar reformas e a propriedade de um tríplex, em Guarujá, como propina paga pela empreiteira OAS em troca de contrato com a Petrobras, o que ele sempre negou.

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