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Lula repete tom de Bolsonaro ao dizer que tem 'tesão de 20 anos'

Lula repete tom de Bolsonaro ao dizer que tem 'tesão de 20 anos'

Presidente rebateu comparações com o presidente dos EUA, Joe Biden, durante evento nesta sexta (5) e disse ter Janja "como testemunha"

Publicado em 5 de julho de 2024 às 20:04

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SÃO PAULO - O presidente Lula (PT) rebateu nesta sexta-feira (5) paralelos com a situação vivida pelo presidente americano Joe Biden e disse durante evento na Grande São Paulo que "tem tesão de 20" anos.

Afirmou ainda que a primeira-dama Janja é "testemunha ocular" de que não está cansado e criticou, ao discursar, quem o compara com Biden, que tem sido questionado nos Estados Unidos sobre sua capacidade de governar o país aos 81 anos.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Lula disse que todos que acham que ele está cansado estão convidados a fazer uma agenda com ele. (Ricardo Stuckert / PR)

Lula, 78 anos, disse que todos que acham que ele está cansado estão convidados a fazer uma agenda junto com ele.

"Se ele aguentar levantar às 5 horas da manhã e ir dormir à meia-noite todo dia, aí ele pode dizer que eu tô cansado. Eu quero ver quem fala que eu tô cansado, e tá sentado com a bunda na cadeira escrevendo, se tem coragem de levantar e ir para rua para andar. Então, quem achar que o Lulinha está cansado, pergunte para a Janja. Ela é testemunha ocular. Quando eu falo que eu tenho 70 anos de idade, energia de 30 e tesão de 20, eu estou falando com o conhecimento de causa", afirmou, durante agenda em Osasco.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi um dos que criticaram o petista nesta semana, afirmando que ele não está "com suas faculdades mentais normais". O ex-mandatário costuma dar declarações chamando a si próprio de "imbrochável".

Em Diadema, Lula fez uma referência indireta ao ex-presidente, ao citar a investigação sobre joias presenteadas pela Arábia Saudita. Disse que não haveria sentido em ser presidente da República para "receber colar de pedras preciosas".

Nesta sexta-feira (5), Lula encerrou uma sequência de viagens oficiais pelo país que contaram com a participação de pré-candidatos a prefeito aliados ao petista. A partir deste sábado (6), candidatos não podem comparecer a inaugurações de obras públicas, segundo a legislação eleitoral.

Pela manhã, o presidente participou de inauguração de um novo edifício no campus em Osasco da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). No período da tarde, ele visitou obras do CEU (Centro Educacional Unificado) em Diadema, também na Grande São Paulo.

Em Osasco, o pré-candidato pelo PT é o deputado estadual Emidio de Souza, que esteve ao lado de Lula no palanque e discursou, sem fazer referência às eleições.

Uma das presenças no ato foi a do ex-deputado petista João Paulo Cunha, que foi condenado no Supremo Tribunal Federal no escândalo do mensalão e que se afastou da vida pública.

Em entrevista, o ministro Alexandre Padilha criticou a ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), dizendo que ele precisa se explicar sobre por que não tem ido a atos com o presidente.

Em Diadema, o presidente foi a evento com o prefeito petista José de Fillipi Jr, que é pré-candidato e tenta a reeleição.

Lula afirmou que precisava fazer as visitas pelo país antes de 5 de julho porque "a partir de amanhã vão dizer que é campanha eleitoral", disse.

Fez chamamento a pré-candidatos aliados, dizendo que a população mora nas cidades e que é preciso "trabalhar em parceria com os prefeitos". "Portanto, vocês se preparem para ganhar a eleição."

Ele repetiu discurso da manhã desta sexta (5) sobre a diferença entre investimento e gasto público, dizendo que o Estado precisa cuidar dos mais pobres.

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