O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou nesta quinta-feira (29) a morte de Pelé ao afirmar que "poucos brasileiros" levaram o nome do Brasil tão longe. O Rei do Futebol morreu aos 82 anos em decorrência de falência múltipla dos órgãos - ele enfrentava um câncer no cólon nos últimos meses.
"Poucos brasileiros levaram o nome do nosso país tão longe feito ele. Por mais diferente do português que fosse o idioma, os estrangeiros dos quatro cantos do planeta logo davam um jeito de pronunciar a palavra mágica: 'Pelé'", escreveu Lula em seu perfil no Twitter.
"Eu tive o privilégio que os brasileiros mais jovens não tiveram: eu vi o Pelé jogar, ao vivo, no Pacaembu e no Morumbi. Jogar, não. Eu vi o Pelé dar show. Porque quando pegava na bola ele sempre fazia algo especial, que muitas vezes acabava em gol", continuou Lula.
Torcedor do Corinthians, o presidente eleito ainda lembrou que Pelé "sempre massacrava" o seu time, o que o deixava com "raiva". "Mas, antes de tudo, eu o admirava. E a raiva logo deu lugar à paixão de vê-lo jogar com a camisa 10 da seleção brasileira".
"Pelé nos deixou hoje. Foi fazer tabelinha no céu com Coutinho, seu grande parceiro no Santos. Tem agora a companhia de tantos craques eternos: Didi, Garrincha, Nilton Santos, Sócrates, Maradona... Deixou uma certeza: nunca houve um camisa 10 como ele. Obrigado, Pelé."
A presidência da República prestou há pouco, em nota oficial divulgada pela Secretaria de Comunicação, condolências a familiares e amigos Pelé. No final, a nota informa também que o presidente Jair Bolsonaro "roga a Deus que o receba em seus braços e dê força e fé a toda a sua família e amigos".
"O Governo Federal, por meio da Presidência da República, presta suas condolências aos familiares e amigos de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, em razão de seu falecimento na cidade de São Paulo. Pelé, o Rei do Futebol, foi um dos maiores atletas de todos os tempos. O único tricampeão mundial demonstrou por suas ações que, além de grande atleta, foi também um grande cidadão e patriota, elevando o nome do Brasil por onde passou", disse a nota. "O presidente da República, Jair Bolsonaro, roga a Deus que o receba em Seus braços e dê força e fé a toda a sua família e amigos para superar esse difícil momento."
O vice-presidente Hamilton Mourão também se manifestou sobre a grande perda. "Hoje nos despedimos do Rei! Valoroso atleta e militar, Pelé encheu nossos corações de alegria. A Vice-Presidência da República, seus admiradores e amigos, enlutados, lamentam o falecimento do maior jogador de futebol do mundo. Que Jesus Cristo abençoe e conforte toda família."
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também homenageou Pelé. "Com a mais profunda tristeza, recebo a notícia da morte de Pelé, incontestável símbolo de nossa nação, motivo de orgulho para todos nós", escreveu FHC, em seu perfil nas redes sociais.
Ele lembrou da breve trajetória de Pelé como político. O Rei do Futebol foi ministro dos Esportes entre 1995 e 1998, no primeiro mandato de FHC na presidência da República.
A ex-presidente Dilma Rousseff também destacou o lado "homem público" de Pelé. "Além de ter sido consagrado como uma lenda do esporte mundial, Pelé foi homem público exemplar, leal a seus princípios, valores e ao nosso país. Perdemos todos com sua partida", disse a política.
Dilma agradece Pelé por "sorrisos" e "alegrias que deu ao povo brasileiro". "Obrigada, Pelé! Obrigada pelos sorrisos que proporcionou. Pelas lágrimas de emoção. Pelos gritos de gol. Obrigada pelas alegrias que deu ao povo brasileiro e aos povos do mundo. Ninguém foi um rei tão amado. Transmito às brasileiras e brasileiros e à sua família meu imenso pesar."
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, chamou Pelé de "artista da bola". "Em nome da Suprema Corte do Brasil, presto homenagem a Pelé, um artista da bola, que encantou gerações e gerações com seu talento. Para os brasileiros, o maior jogador de futebol da história. Desejo conforto aos familiares e aos amigos. Pelé continuará sendo referência mundial em uma das grandes paixões nacionais, o futebol", diz a nota assinada pela presidente da Corte.
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