A eleição para a prefeitura de Macapá será decidida no segundo turno entre os candidatos Josiel Alcolumbre (DEM) e Antônio Furlan (Cidadania). O pleito foi adiado após o Estado do Amapá enfrentar uma grave crise no abastecimento de energia por cerca de três semanas. A segunda etapa da votação está marcada para o próximo dia 20.
Com 100% das urnas apuradas, Alcolumbre liderava com 29% dos votos, e Furlan teve 16%. A disputa pelo segundo lugar foi acirrada: pouco mais de 2 mil votos separaram Furlan de João Capiberibe (PSB), que ficou em terceiro.
A eleição na capital do Amapá foi marcada pelo longo apagão no Estado e pela nacionalização do debate. Primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto ao longo da campanha, Josiel é irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Ele recebeu apoios tanto do atual prefeito, Clécio Luis, quanto do governador Waldez Góes (PDT).
O atual prefeito, que termina seu segundo mandato, teve um desentendimento com seu próprio partido após declarar seu apoio. Clécio pediu a desfiliação da Rede Sustentabilidade em agosto após sofrer críticas internas de correligionários que desaprovaram sua decisão, e atualmente está sem partido.
Josiel liderou as intenções de voto ao longo de toda a campanha mas perdeu tração com a crise energética no Estado. Foram quatro dias de apagão e um racionamento por cerca de 20 dias até que a situação do abastecimento se normalizasse. Os adversários responsabilizaram o governo federal pela pane, e associam o senador e seu irmão ao presidente Jair Bolsonaro.
A onda de críticas quase custou o favoritismo do candidato governista. Josiel crescia nas intenções de voto chegou a alcançar 31% dos votos válidos em uma pesquisa do Ibope divulgada no fim de outubro. Sua pontuação caiu para 26% em novembro, no auge do apagão.
O candidato do Cidadania, conhecido como Dr. Furlan, estava empatado tecnicamente com outros dois concorrentes no segundo lugar. Ao fim da contagem de votos, Capiberibe alcançava 15,2% na votação. Cirilo Fernandes (PRTB e Patrícia Ferraz (Podemos) tiveram, ambos, cerca de 11%.
Macapá foi a única cidade no Estado que teve a votação adiada, apesar de o apagão ter afetado também cidades vizinhas.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) levou o pedido de adiamento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após órgãos do poder público declararem que não havia garantia de que, se a data fosse mantida, poderiam ter dificuldades para garantir a segurança dos eleitores do município.
A votação em Macapá terminou com poucas ocorrências. Um total de nove urnas foram substituídas, o que equivale a cerca de 1% do total.
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