O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (29) que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, é "desqualificado" e não poderia ter sido nomeado titular da pasta.
"Um homem com essas qualidades não poderia ter sido ministro de pasta nenhuma, muito menos da Educação. É um drama para o Brasil, com toda a crise que a gente tem, com todas as desigualdades de qualificação da nossa população, a gente ainda ter um ministro desqualificado como esse", afirmou Maia, ao participar de live da revista Istoé.
Na reunião ministerial do dia 22 de abril, Weintraub disse que, se dependesse dele, colocaria "esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF", em referência ao Supremo Tribunal Federal.
A fala consta em gravação tornada pública por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo, no âmbito do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.
Maia comentou a fala do ministro no encontro e disse ser "lamentável" que o titular da Educação tenha esse "palavreado" e "ataque as instituições".
"É um homem desqualificado e que não respeita a democracia. Um homem que desrespeita a democracia não poderia estar num governo que se diz democrático", acrescentou.
O presidente da Câmara também comentou a fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que na reunião disse que aproveitaria a pandemia para aprovar uma série de mudanças em regras de sua área.
Maia disse que Salles quis dar uma de "espertalhão" e "infeliz", mas preparado. O deputado afirmou, porém, que a imagem do ministro no exterior atrapalha a entrada de investimentos no país.
Na live, Maia avaliou que o inquérito das fake news comandado pelo Supremo precisa avançar, assim como a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que trata do assunto no Congresso.
"Ninguém suporta tanta informação errada, narrativas que desqualificam as pessoas", disse Maia.
O presidente da Câmara ainda criticou as declarações de Bolsonaro, que nesta quinta-feira (28) sugeriu que poderia descumprir decisões do STF. Maia ressaltou que o meio para se discordar da corte é entrar com recurso.
O deputado disse ainda que não foi ao Palácio do Planalto conversar com Bolsonaro como fez o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), porque não foi convidado pelo mandatário e poderia passar a impressão errada.
"Ir ao Planalto poderia parecer ser um tipo de apoio ao que ele [Bolsonaro] falou", justificou Maia.
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