O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pautou para a sessão desta quarta-feira (20), a votação da urgência e mérito de um projeto para adiar a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Amanhã (quarta, dia 20), a pedido de todas as deputadas da bancada feminina nós estamos votando a urgência do projeto do Enem e o mérito", disse Maia ao fim da sessão virtual da Câmara desta terça (19).
Maia não vai esperar o governo se posicionar sobre o tema, apesar de ter feito um apelo para o presidente da República Jair Bolsonaro, na semana passada, e dizer que achava que a melhor a solução para este tema deveria vir do Executivo.
O projeto a ser votado no plenário da Câmara é de autoria da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). "O texto condiciona o prazo para análise das autoridades sanitárias e educacionais", disse Portugal. "Só na cabeça do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que existe uma maioria com acesso a internet no país", disse
Weintraub tem sido contrário ao adiamento do calendário. Nesta terça-feira (19), ele postou no Twitter que o governo abrirá consulta aos estudantes que se inscreveram na prova para saber se preferem manter a data da prova ou adiar por 30 dias. "O MEC fará uma consulta, na última semana de junho, a todos os inscritos, através da "Página do Participante", do @inep_oficial.Vamos manter a data? Adiar por 30 dias? Suspender até o fim da pandemia? O Gov @jairbolsonaro quer saber a opinião dos brasileiros! Democracia é isso!", escreveu.
O ministro também esteve reunido na manhã de hoje com o líder do Progressistas, Arthur Lira (AL), um dos principais nomes do Centrão, que agora faz parte da base do governo na Câmara.
"O Centrão assinou a urgência do meu projeto, vamos ver como vai ser a votação", disse Portugal.
A deputada acredita que o governo pode ainda tomar uma decisão sobre adiar a prova antes do início da sessão da Câmara. "Vamos torcer pelos alunos".
O Senado pode votar ainda hoje projeto da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), que propõe o adiamento do Enem, previsto para novembro, devido à pandemia do novo coronavírus. Caso seja aprovado, a Câmara poderá juntar os projetos das duas Casas. Mais cedo, nesta terça (19), Maia afirmou que o adiamento é uma demanda que vem de todo o Brasil.
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