O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou a presença de dietilenoglicol em outros seis tipos de cerveja da cervejaria Backer. Além da Belorizontina e da Capixaba, a contaminação foi encontrada nos rótulos Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.
Ao todo, as análises constataram que 21 lotes estão contaminados. Confira quais são na tabela abaixo:
O Ministério da Agricultura já determinou o recolhimento de todos os rótulos da cervejaria Backer de estabelecimentos comerciais. A empresa, que fica em Minas Gerais, foi fechada cautelarmente e outras análises estão sendo feitas nos produtos. A recomendação é que as pessoas não consumam nenhum tipo de cerveja da Backer até a conclusão das investigações.
Já no início de 2020, a existência de uma doença misteriosa, que causava problemas renais e neurológicos, em Minas Gerais, começava a ser investigada. Oito pessoas haviam sido internadas com os mesmos sintomas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O caso evoluiu, e com ele a descoberta de que a doença misteriosa, na verdade, era uma intoxicação causada pela substância dietilenoglicol, usada no processo de resfriamento na fabricação de cerveja.
Após análises da Polícia Civil, o composto, que é tóxico, foi encontrado em amostras da cerveja Belorizontina e também da Capixaba, ambas da cervejaria Backer. De acordo com a própria empresa, as cervejas são a mesma, só possuem rótulo diferente. Posteriormente o Ministério da Agricultura informou que a água usada no processo de produção da cerveja estava contaminada.
Até quinta-feira (16), 18 casos e três mortes estavam sendo investigados por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol. Destes, quatro já foram confirmados, entre eles o do engenheiro capixaba Luiz Felippe Teles Ribeiro, 37 anos, que está internado em estado grave em Belo Horizonte, onde mora com a mulher.
O sogro dele, o bancário Paschoal Demartini Filho, 55 anos, morreu e foi a primeira morte confirmada do caso. A segunda morte foi divulgada pela Polícia Civil na última quarta-feira. A terceira morte, de um idoso de 89 anos, foi confirmada no dia seguinte, nesta quinta-feira (16).
A morte de uma idosa, que aconteceu em Pompéu, no interior de Minas Gerais, está sendo investigada, mas a relação com a doença ainda não foi oficialmente confirmada. Para saber mais sobre o caso, clique aqui.Para saber mais sobre o caso, clique aqui.
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