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Mais três capixabas viram réus no STF por atos golpistas de 8 de janeiro

Mais três capixabas viram réus no STF por atos golpistas de 8 de janeiro

No total, 300 denunciados por participar dos atos antidemocráticos viraram réus, entre eles, oito capixabas

Publicado em 3 de maio de 2023 às 11:31

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Mais três capixabas viraram réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por participarem dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas. Sete ministros do STF seguiram o entendimento do relator, Alexandre de Moraes, pelo recebimento das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 200 pessoas, em julgamento concluído na noite desta terça-feira (2).

  • Terezinha Locateli – dona de uma peixaria na Ponta da Fruta, em Vila Velha, ela participava com frequência de atos no acampamento golpista de bolsonaristas montado em frente ao 38º BI. Também esteve no acampamento montado em Brasília, em frente ao quartel-general do Exército;
  • Tiago Mendes Romualdo – Indicou às autoridades do Distrito Federal residência no Espírito Santo. No entanto, ele é sócio-administrador de uma empresa com endereço na zona rural de Nova Brasilândia D'Oeste, em Rondônia;
  • Wilson Nunes de Aguiar – O homem de 55 anos também indicou residência no Espírito Santo.

Bolsonaristas invadem prédios dos Três Poderes em Brasília, neste domingo (8)
Bolsonaristas invadem prédios dos Três Poderes em Brasília, neste domingo (8). (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Esse é o segundo grupo julgado pelo STF, cujas denúncias foram apresentadas pela PGR. O primeiro, composto por 100 denunciados, incluiu cinco capixabas, dos quais quatro se tornaram réus por incitarem a prática de crime e associação criminosa — Ana Maria Ramos Lubase, Deise Luiza de Souza Aguiar, Mateus Viana Maia e Marcos Soares Moreira — e um por ter sido apontado como integrante do grupo de executores dos atos violentos que resultaram em vandalismo e na depredação das sedes dos Três Poderes — Charles Rodrigues dos Santos

O julgamento do segundo grupo iniciou-se no plenário virtual com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que sustentou a existência de justa causa para a abertura de ação contra todos os acusados.

Acompanharam Moraes os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Rosa Weber.

Os dois indicados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na corte, ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça, divergiram parcialmente. Ambos entendem que o Supremo deveria rejeitar as denúncias contra as pessoas apontadas como incitadoras dos atos.

Terceira leva de denúncias

Outras 250 denúncias serão julgadas entre a madrugada desta quarta-feira (3) até as 23h59 do dia 8. Com isso, o Supremo chegará a 550 casos analisados. Ao todo, 1.390 pessoas foram denunciadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por envolvimento nos ataques.

Em seu voto, Moraes afirmou que metade dos denunciados, segundo apontou a PGR, integrava o núcleo responsável pela execução dos atentados materiais contra as sedes dos Três Poderes.

Segundo o magistrado, os outros associaram-se por intermédio de uma estável e permanente estrutura montada em frente ao quartel-general do Exército Brasileiro, "aos desideratos criminosos dos outros coautores, no intuito de modificar abruptamente o regime vigente".

Ele ainda sustentou que havia o interesse, durante os atos, de insuflar as Forças Armadas e a população à tomada do poder e à subversão da ordem política e social, gerando, ainda, animosidades entre os militares e as instituições republicanas.

O ministro acrescentou não haver dúvidas sobre a competência do STF para analisar as denúncias e para processar e julgar as ações penais.

*Com informações da Agência Folhapress

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