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Mais uma empresa recolhe petiscos para cachorro por contaminação

Mais uma empresa recolhe petiscos para cachorro por contaminação

A Balance reforça que qualquer outro produto da marca que não seja o Snack Dental ou que não esteja entre os três lotes de Bifinhos "pode continuar sendo consumido"

Publicado em 19 de outubro de 2022 às 12:37

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura

Mais uma empresa de alimentos para animais iniciou recolhimento de petiscos para cães contaminados por etilenoglico do comércio e da casa de consumidores. Dessa vez, a Balance anunciou o processo de recall de três lotes de Bifinhos e orientou seus clientes a suspenderem imediatamente o consumo. O comunicado foi publicado no site e nas redes sociais da marca.

No início de setembro, a Balance já havia interrompido a comercialização do produto Snack Dental pelo mesmo motivo. Na nota, a marca explica que, assim como outras empresas, ela também comercializa produtos que são fabricados por fornecedores terceirizados. Nesse caso, segundo a marca, o Snack Dental é produzido pela Bassar e os Bifinhos pela Patense.

A empresa diz que, desde que os primeiros casos de cães mortos em setembro após o consumo de petiscos da marca Bassar Pet Food, nos quais havia suspeita de contaminação por etilenoglicol, esses fornecedores terceirizados foram cobrados para prestarem explicações. "Ambos nos asseguraram que os produtos deles que comercializamos não estavam com suspeitas de contaminação por etilenoglicol", relata a Balance.

No entanto, a empresa afirma ter decidido conduzir análises técnicas próprias e independentes em ambas as linhas de produtos. Assim que a investigação do Snack Dental foi concluída e constatou a contaminação, a Balance iniciou o recall deste produto. Agora, em outubro, eles também começaram o mesmo processo com os lotes onde a substância foi detectada por meio dessas análises próprias. Os lotes que devem ser devolvidos são:

Mais uma empresa recolhe petiscos para cachorro por contaminação
Produtos e respectivos lotes retirados de circulação. (Divulgação | Balance)

  • Balance Bifinhos Filhote Frango
    LOTE 22V074
    Fabricado em 15.03.2022

  •  Balance Bifinhos Carne Vegetais
    LOTE: 22V085
    Fabricado em 26.03.2022

  •  Balance Bifinhos Frango Assado
    LOTE: 22V085
    Fabricado em 26.03.2022

A Balance reforça que qualquer outro produto da marca que não seja o Snack Dental ou que não esteja entre esses três lotes de Bifinhos "pode continuar sendo consumido pelo seu pet normalmente, pois atendem rigorosamente aos nossos padrões de qualidade e controle, estando, portanto, dentro da conformidade de segurança".

No comunicado, a empresa acrescenta que seguirá acompanhando e auxiliando as investigações junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e demais órgãos competentes, "acatando todas as orientações e medidas responsáveis que nos são solicitadas."

A Balance disponibilizou canais de atendimento para tirar dúvidas e prestar auxílio aos seus clientes. Você pode entrar em contato pelo site ou pelo número 0800 728 2822, de segunda a sexta, das 8h30 às 17h.

O QUE É O ETILENOGLICOL

No caso dos petiscos da Bassar Pet Food, as investigações iniciais apontam para a suspeita de contaminação do propilenoglicol, que é um ingrediente utilizado na fabricação dos petiscos, por etilenoglicol (ou monoetilenoglecol), uma substância tóxica.

O propilenoglicol pode ser utilizado por indústrias alimentícias de animais e seres humanos. O aditivo precisa ser adquirido em empresas registradas no Ministério da Agricultura. Já o monoetilenoglicol, por ser tóxico, não pode ser usado para fins alimentícios.

O monoetilenoglicol age diretamente nas membranas celulares. Os sintomas iniciais mais comuns da intoxicação são vômitos, diarreias e tremores. Com o tempo, passa a atacar outros órgãos.

A substância é da mesma família da que deixou, no final de 2019 e no início de 2020, ao menos 29 pessoas intoxicadas após consumir a cerveja Belorizontina, produzida pela empresa Backer. Dez morreram. As investigações feitas pela Polícia Civil identificaram o dietilenoglicol.

No caso da cervejaria Backer, muitos dos sobreviventes à contaminação tiveram sequelas neurológicas e renais. Muitos ainda precisam passar por tratamentos como hemodiálise.

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