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Marcelo Queiroga aceita convite e vai ser o novo ministro da Saúde

Marcelo Queiroga aceita convite e vai ser o novo ministro da Saúde

Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o médico será o quarto a comandar a pasta durante a pandemia da Covid-19

Publicado em 15 de março de 2021 às 19:43- Atualizado há 4 anos

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Médico Marcelo Queiroga, cotado para ministro da Saúde do governo Bolsonaro
Médico Marcelo Queiroga será o quarto ministro da Saúde no governo Bolsonaro. (AMB)

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e vai substituir o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. O médico vai se tornar o quarto ministro a comandar a área durante a pandemia da Covid-19

Queiroga foi o segundo nome cogitado para a função. Depois da recusa da médica Ludhmila Hajjar, o presidente chamou o cardiologista para uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (15). 

A indicação de Queiroga foi confirmada pelo próprio Bolsonaro, em conversa com apoiadores na chegada ao Palácio da Alvorada.

"(Ele) tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje", declarou Bolsonaro, em fala transmitida por um site bolsonarista.

Queiroga será o quarto a ocupar o cargo em 12 meses de pandemia. Antes de Pazuello, chefiaram a pasta os médicos Luiz Henrique Mandetta e, por 28 dias, Nelson Teich.

"No tocante às vacinas, um programa bastante ousado, mais de 400 milhões de doses contratadas até o final do ano. Este mês vamos receber mais de 4 milhões de vacinas, e essa política de vacinação em massa continuará cada vez mais presente em nosso governo", disse Bolsonaro.

OUTROS PROGRAMAS

O presidente disse ainda que Queiroga, além da vacinação, vai promover outros programas para diminuir o número de mortes por Covid-19 no Brasil. Ele elogiou ainda a administração de Pazuello.

"[O] trabalho do Pazuello está muito bem feito, parte de gestão foi muito bem feita. E agora vamos partir para uma parte mais agressiva no tocante ao combate ao vírus", afirmou Bolsonaro. Ele também disse que a oficialização da indicação de Queiroga deve ser publicada na terça (16) e que o período de transição na Saúde deve durar "uma ou duas semanas".

Queiroga foi aluno de Enéas Carneiro, morto em 2007, que foi cardiologista e ícone dos conservadores. ​

Bolsonaro vem recebendo nas últimas semanas conselhos de que, diante da montanha de óbitos, é preciso se livrar da imagem de negacionista da pandemia e dar uma guinada em defesa da ampla imunização contra o vírus.

O diagnóstico - também feito pelo ministro Fábio Farias (Comunicações) e pelo novo chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), almirante Flávio Rocha -  foi reforçado diante da inesperada reabilitação dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), potencial nome para disputar as eleições de 2022 contra Bolsonaro.

Auxiliares do presidente ressalvam, porém, que há limites para a mudança de retórica de Bolsonaro - e que ela não atinge as críticas ao isolamento social e as políticas adotadas por governadores.

Após a conversa com Queiroga, Bolsonaro convidou o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, para um encontro no Palácio do Planalto.

O gesto teve como objetivo evitar um mal-estar com o PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL). 

A legenda vinha tentando emplacar para o comando da sigla o nome do deputado federal Luiz Antônio Teixeira (PP-RJ), o "Doutor Luizinho". Na noite desta segunda-feira, dirigentes da legenda reclamaram da escolha do presidente e ressaltaram que ele deveria ter levado em conta o apoio da sigla no Congresso.

Com informações da Folhapress

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