SÃO PAULO - Depois de um erro na divulgação dos resultados do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), o MEC (Ministério da Educação) voltou a ter dificuldade na entrega dos aprovados para o Prouni (Programa Universidade para Todos) nesta terça-feira (6).
Durante toda a tarde, o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior ficou fora do ar e os candidatos não conseguiram acessar os resultados. A reportagem questionou o ministério, comandado pelo ministro Camilo Santana, mas não obteve resposta sobre a previsão de normalização do acesso.
Nas redes sociais, os candidatos reclamam da recorrência dos problemas de divulgação.
A falha e o atraso na entrega dos resultados do Sisu já haviam trazido impactos para as inscrições do Prouni, programa que concede bolsas a estudantes de baixa renda em instituições privadas de ensino superior. Em razão do atraso, o ministério decidiu prorrogar as inscrições do programa por mais um dia.
Apesar de darem acesso a universidades diferentes, as inscrições no Sisu e no Prouni estão interligadas. De acordo com o MEC, o candidato inscrito no Sisu pode se inscrever no Prouni. Porém, caso seja selecionado por ambos, tem que optar por um dos dois programas.
Há exatamente uma semana, na terça-feira (30), o MEC havia se programado para divulgar a lista dos aprovados no Sisu, mas alegou que devido a "problemas técnicos no sistema" precisou adiar a consulta teve que adiar a divulgação. Foi só no dia seguinte que os resultados foram publicados.
A falha frustrou estudantes. Alguns deles conseguiram acessar a página e viram que tinham sido aprovados nas universidades às quais se candidataram. Quando os resultados oficiais saíram, esses alunos descobriram que não conseguiram a vaga que haviam selecionado.
O MEC confirmou que houve uma divulgação indevida de resultados provisórios, que ainda não estavam homologados. De acordo com a pasta, os dados ficaram disponíveis por 25 minutos. A ocorrência está sendo apurada.
Essas não foram as únicas falha no processo seletivo para o ensino superior na atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além dos estudantes que foram frustrados com a divulgação indevida dos resultados, cerca de 50 mil inscritos na prova do Enem, cuja nota é usada para acesso ao Sisu, foram alocados em locais distantes das suas casas. O edital garantia que os participantes fizessem o exame a no máximo 30 km de distância de suas residências. Estudantes relataram distâncias de mais de 40 km.
Ao admitir o problema, o ministério disse que a definição dos locais de prova foi feita pelo Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), vencedor da licitação para aplicação do Enem 2023.
Como houve relato de alunos que avaliavam desistir de fazer o exame, o MEC autorizou esses candidatos a fazerem a prova em outra data. Mas houve casos de estudantes que preferiram fazer o exame na data original e tiveram que percorrer 33 quilômetros.
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