Mesmo com o anúncio por parte do Governo do Ceará de que os policiais que aderissem ao movimento de paralisação seriam excluídos da próxima folha de pagamento, no início de março, militares mantiveram a movimentação em frente ao 18º Batalhão, em Fortaleza, capital cearense, na manhã desta quarta-feira (19). As informações são do site o Povo Online.
No local, há viaturas com pneus esvaziados para que não possam circular. Policiais no local usam balaclavas para não serem identificados. Há vários policiais no local. São aproximadamente 60 viaturas paradas, além de cerca de 15 veículos entre base móvel e motos.
Segundo o deputado estadual Soldado Noélio (Pros), o movimento não irá parar em função do anúncio de corte de salário. "Todo movimento desse tipo, de trabalhadores, acontece esse tipo de ameaça. Trabalhadores estão aqui e pretendem permanecer", disse.
Diante de uma crise salarial, policiais militares, bombeiros e esposas se articulam visando promover um reajuste salarial que atenda as demandas da categoria. Após a primeira proposta de pacote divulgada na última sexta-feira, 31 de janeiro, as associações protestaram em frente a Assembleia Legislativa (ALCE). No mesmo dia, parlamentares considerados como representantes dos agentes de segurança foram recebidos pelo governador Camilo Santana (PT), no Palácio da Abolição.
A desembargadora Francisca Adelineide Viana suspendeu, no último dia 5, decisão que proibia a prisão de policiais e bombeiros militares do Estado. A ação era da Associação das Praças do Estado do Ceará (ACSMCE) e a decisão direcionada ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Ceará e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, além do Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública.
Em nova reunião, que aconteceu na quinta-feira, 13, o acordo prevê o pagamento de R$ 346 milhões em reajuste salarial a policiais militares e bombeiros. Outros R$ 149 milhões oriundos de gratificações, como horas extras e recompensas, serão incorporados ao salário, totalizando gastos de R$ 495 milhões. Esse valor será pago em três parcelas; em março de 2020 (40%), março de 2021 (30%) e março de 2022 (30%). Agora, o salário final do soldado ficará de R$ 4.500 ao final de 2022, um acréscimo de quase R$ 300 acima do sugerido pela proposta inicial.
Na tarde da última segunda-feira (17), o Ministério Público do Ceará (MPCE) entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) contra associações de segurança pública em virtude da possibilidade de paralisação dos serviços. Foram notificadas pelo Ministério: Associação dos Profissionais de Segurança Pública (APS), Associação dos Praças do Estado do Ceará (Aspra), Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Ceará (Assof), Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Aspramece) e Associação Beneficente dos Subtenentes e Sargentos (ABSS).
Com informações do site O Povo Online
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