O sobrinho de Diego Maradona, Johnny Espósito, revelou na noite de segunda-feira como foram os últimos dias de vida de seu tio, falecido há cerca de dois meses em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. "No dia 24, (Maradona) estava bem, mas ele não queria viver, não se deixava ajudar", contou Espósito à emissora de TV argentina KZO. "Não sei por que ele não lutou como sempre lutou. Acho que pode ter sido porque ele não conseguia mais chutar uma bola".
O relato de Espósito vai em direção ao que foi dito pela cozinheira da casa de Maradona, Romina Milagros Rodríguez. Ela acredita que o ex-jogador estava cansado de viver. "Para mim, ele deu um fim a tudo. Se começamos a falar sobre ele, ele era de fazer milagres, poderia estar vivo. Para mim, estava cansado", relatou a cozinheira à emissora de TV argentina América.
Segundo Espósito, Maradona dizia que não queria viver na situação em que se encontrava. "Ele me disse: 'Já vivi 60 anos e me privei de muitas coisas, não quero continuar assim'", contou o sobrinho. "Não sei se ele sentiu (que estava prestes a morrer), mas ele dizia: 'Vivi até os 60, eu não quero mais'".
Maradona faleceu em casa. Familiares, como Espósito, que vivia com o tio, e funcionários, como Rodríguez, chamaram uma ambulância para socorrê-lo, mas o ídolo argentino se foi antes mesmo da chegada do veículo de emergência. Ele tinha passado por um cirurgia cerca de duas semanas antes de falecer.
O Ministério Público Argentino investiga a morte de Maradona para descobrir se houve negligência, imperícia e imprudência. Um dos principais investigados é o médico neurocirurgião Leopoldo Luque, que nos últimos ficou conhecido como "médico particular de Maradona".
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