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Ministério da Saúde confirma primeira morte de feto por oropouche no Brasil

Ministério da Saúde confirma primeira morte de feto por oropouche no Brasil

Caso aconteceu em Pernambuco; pasta ainda disse que estão em investigação oito casos de transmissão vertical (da mãe para o bebê)

Publicado em 3 de agosto de 2024 às 15:10

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Ministério da Saúde confirmou, na última sexta-feira (2), a morte de um feto de 30 semanas causada pela transmissão de oropouche a partir da gestante, uma mulher de 28 anos. O caso aconteceu em Pernambuco e foi confirmado a partir de exames que descartaram outras hipóteses, informou o Ministério da Saúde neste sábado (3).

A pasta ainda disse que estão em investigação oito casos de transmissão vertical (da mãe para o bebê) de oropouche, em que quatro resultaram em óbito fetal e os outros apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia.

De acordo com dados do governo, até o dia 28 de julho o país registrou 7.286 casos de febre oropouche, com dois óbitos confirmados, na semana passada, de mulheres do interior da Bahia.

O Ministério da Saúde afirmou que elas tinham menos de 30 anos, não possuíam comorbidades e tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

A febre oropouche é uma doença viral transmitida principalmente por mosquitos do gênero Culicoides paraensis (diferente do Aedes, transmissor da dengue e chikungunya).

O vírus oropouche é endêmico em algumas regiões da América Latina, especialmente na Amazônia. A doença se manifesta com sintomas que podem incluir febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações e, em alguns casos, erupções cutâneas.

Em julho, o Ministério da Saúde já havia divulgado uma nota relatando preocupação com os possíveis riscos para grávidas pela infecção do oropouche, com possibilidade de danos ao feto.

A pasta recomenda como medidas de proteção evitar ou reduzir a exposição às picadas dos insetos, com uso de roupas compridas, de sapatos fechados e de repelentes, principalmente nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde.

As pessoas também podem adotar medidas como limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, além do uso de telas de malha fina em portas e janelas.

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