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Ministério vai exigir ajuda de todas as concessionárias para resolver falta de luz em SP

Ministério vai exigir ajuda de todas as concessionárias para resolver falta de luz em SP

Alexandre Silveira convoca presidente da Aneel a apresentar plano de contingência nesta segunda (14); até o início da tarde, 760 mil endereços ainda estavam sem energia

Publicado em 13 de outubro de 2024 às 17:58

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BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, convocou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a apresentar um plano de contingência para São Paulo e afirmou que pretende exigir a "colaboração de todas as concessionárias na solução do problema", em ofício deste domingo (13).

O ministro convoca o presidente da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, a apresentar o plano às 14h desta segunda-feira (14) na capital paulista, onde estará presencialmente por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a Aneel, 2,6 milhões de consumidores foram afetados por interrupções no fornecimento em São Paulo. (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Silveira diz que "não irá admitir qualquer omissão" e determina que a agência reguladora se reúna com a Enel e com "demais equipes técnicas das distribuidoras de energia elétrica que possam auxiliar com planos de ações emergenciais para imediata resolução da situação em SP e região metropolitana".

Mais cedo, a Aneel já havia convocado a Enel e outras oito distribuidoras de energia para avaliar o atendimento, as ações já tomadas, além das equipes mobilizadas e recursos materiais e humanos, "inclusive com possibilidades de compartilhamento entre as empresas".

Uma reunião presencial entre a Aneel e representantes das empresas convocadas está prevista para a noite deste domingo. Integram a lista, além da Enel: Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, CTEEP e Eletrobrás Furnas.

O ministro de Minas também tem articulado a ida de empresas de distribuição e transmissão de outros Estados para São Paulo, de forma emergencial. A ideia é reforçar o número de eletricistas, equipamentos e veículos para restabelecer a energia o mais rápido possível.

Segundo o ministério, Silveira deve se reunir presencialmente nesta segunda com representantes das empresas acionadas. São citadas a Edp, CPFL, Neoenergia, Light, Equatorial e a Energisa, de distribuição, além da Eletrobras e da Isa Cteep, de transmissão.

Ao menos 760 mil clientes da Enel em São Paulo seguem sem energia neste domingo, mais de 43 horas após o apagão que atingiu a Grande São Paulo na noite de sexta-feira (11).

Segundo a Aneel, 2,6 milhões de consumidores foram afetados por interrupções no fornecimento em São Paulo, dos quais 2,1 milhões estão localizados na área de concessão da Enel.

O episódio deflagrou mais um embate entre Silveira e a Aneel. No início de outubro, o ministro afirmou publicamente que o órgão vive um quadro de "completa desarmonia" entre diretores, área técnica e em relação a seu papel como regulador da legislação do país.

Neste sábado (12), Silveira afirmou que a Aneel falhou ao não encaminhar a caducidade do contrato da Enel, requerido há um ano pelo governo federal, e mostrou "novamente falta de compromisso com a população".

A agência disse mais cedo, também neste sábado, que poderá retirar os direitos de concessão da companhia. Tanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediram o fim do contrato com a empresa.

À noite, o governador fez uma postagem em suas redes sociais com críticas não só à Aneel, mas também ao governo federal. "Se o Ministério de Minas e Energia e, sobretudo, a Aneel, tiverem respeito com o cidadão paulista, o processo de caducidade será aberto imediatamente", escreveu.

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