O ministro das Comunicações, Fabio Faria, resolveu entrar na celeuma sobre a obrigatoriedade ou não de se tomar vacina contra a covid-19, apesar de sequer haver uma vacina de efeito confirmado para uso no País, até o momento.
Na esteira do presidente Jair Bolsonaro, que tem rivalizado sobre o assunto com o governador de São Paulo, João Doria, Faria foi para as redes sociais dizer que a vacina da covid-19 não "entra em sua casa".
"Vivemos em um país democrático, governado por um Presidente que luta pela liberdade do povo. Isso significa que nós, brasileiros, temos o DIREITO de escolha. Ninguém pode impor vacina, sobretudo porque sabemos que vacinas seguras costumam demandar tempo. Na minha casa, não entram!", escreveu o ministro, em sua página no Twitter.
Em outra postagem, Fabio Faria afirmou que "o governo irá oferecer a vacinação, de forma segura e gratuita, após comprovação científica e validada pela ANVISA, e sem imposição". "Claro que a população quer se ver livre do vírus, e isso será feito com responsabilidade. O PR @jairbolsonaro quer o melhor para o seu povo."
Na semana passada, o ministro testou positivo para covid-19, assim como diversos outros integrantes do governo que estiveram presentes em um jantar na casa do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Este último também foi contaminado pelo vírus.
Quatro dias após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmar que a vacinação contra a covid-19 no Estado será obrigatória, o prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição, negou a necessidade da medida na capital. A questão entrou no centro do debate político, e ontem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em contraposição a Doria, voltou a dizer que a vacina não seria obrigatória.
"(Não há) nenhuma necessidade de tornar (a vacina) obrigatória", afirmou Covas nesta terça-feira (20), em entrevista à Rádio Eldorado. Segundo ele, a Prefeitura tem feito "campanhas de vacinação em que mais de 90% da população participa, se envolve" Por isso, afirma, os paulistanos devem aderir à vacina sem que seja necessário torná-la obrigatória. "É o que acontece com outras vacinas, não tem nenhuma novidade", disse.
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