A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (13) Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, aliado de Jair Bolsonaro. O ex-deputado foi preso no município fluminense de Levy Gasparian (a 140 Km do Rio de Janeiro), por volta das 9h10 da manhã.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o cumprimento de busca e apreensão contra ele por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para ataques à democracia.
O pedido de prisão partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições. A prisão foi solicitada na quarta (4) pela delegada Denisse Ribeiro.
A ação é no âmbito da investigação sobre suposta organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia. O novo inquérito foi aberto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após o procurador-geral da República, Augusto Aras, pedir o arquivamento do inquéritos dos atos antidemocráticos.
Jefferson postou numa rede social que a PF chegou a fazer buscas na casa de parentes pela manhã.
Segundo o ministro do Supremo, o político divulgou vídeos e mensagens com o "nítido objetivo de tumultuar, dificultar, frustrar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao TSE e ao seu presidente."
Moraes assinou o mandado contra o presidente do PTB sem a manifestação da PGR, que não cumpriu o prazo dado de 24 horas para se posicionar.
Na decisão, o ministro determinou a busca e apreensão de armas e munições na casa do aliado de Bolsonaro, além de computadores, tablets, celulares e demais dispositvos eletrônicos.
Ele também mandou bloquear a conta do ex-deputado no Twitter, ato "necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às instituições democráticas e às eleições."
As investigações em andamento na Polícia Federal por ordem do TSE e do STF são obstáculos para Jair Bolsonaro colocar em prática a promessa de diminuir a pressão no enfrentamento com ministros por causa do voto impresso.
Ao pedir a prisão de Roberto Jefferson, a PF afirma que suas postagens nas redes sociais e entrevistas indicam sua atuação na organização criminosa investigada por atacar as instituições, desacreditar o processo eleitoral, reforçar a polarização e o ódio e gerar animosidade dentro da sociedade.
O grupo, diz a PF, promove o descrédito dos Poderes da República.
Para a delegada do caso, além da suspeita de integrar uma organização criminosa que atua nos meios digitais, o ex-deputado pode ser enquadrado nos crimes de racismo, homofobia e incitação à prática de crimes por causa de suas manifestações.
*Com informações de agências
Com a confirmação da prisão de Roberto Jefferson ainda na manhã desta sexta-feira, o título da matéria — que antes informava sobre o pedido de prisão — foi alterado e o texto atualizado.
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