As agressões aos profissionais do jornal O Estado de S. Paulo durante manifestação com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, no domingo (3), ocorreram no Dia da liberdade de imprensa e receberam o repúdio de diversas autoridades. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou que "quem transgride e ofende a liberdade de imprensa ofende a Constituição, a democracia e a cidadania brasileira".
Para ela, isso significa atuar de maneira inconstitucional. "É inaceitável, é inexplicável que ainda tenhamos cidadãos que não entenderam que o papel de um profissional da imprensa é o papel que garante, a cada um de nós, poder ser livre", afirmou.
"É de se lamentar esses episódios. A agressão a cada jornalista é agressão à liberdade de expressão e à própria democracia e isso precisa ficar bem claro e ser repudiado", disse o ministro Gilmar Mendes, do STF.
O ministro Alexandre de Moraes, também do Supremo, afirmou que agressões contra jornalistas "devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito".
O ministro Luiz Fux, do STF, também destacou a ameaça à democracia. "A dignidade da imprensa se exterioriza pela sua liberdade crítica, de investigação e de denúncia de atitudes anti-republicanas."
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que cabe às instituições democráticas impor a "ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror". "Ontem enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã qualquer um que se opõe à visão de mundo deles", disse.
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou em seu Twitter que a justiça precisa punir os que agrediram profissionais da imprensa e também profissionais de saúde.
"Milicianos ideológicos agridem covardemente profissionais de saúde num dia. Agridem profissionais de imprensa no outro", escreveu Doria na rede social.
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, criticou o presidente Jair Bolsonaro por não ter se manifestado em relação às agressões aos jornalistas do jornal O Estado de S. Paulo e declarou que o único plano de seu governo é "alimentar o caos".
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, o "trabalho da imprensa precisa ser respeitado exercido com total segurança e liberdade".
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